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Banco Mundial realça papel do Corredor do Lobito no avanço do sector ferroviário em África

Banco Mundial realça papel do Corredor do Lobito no avanço do sector ferroviário em África
Banco Mundial realça papel do Corredor do Lobito no avanço do sector ferroviário em África Imagens: DR

Redacção

Publicado às 12h06 18/10/2025 - Actualizado às 12h12 18/10/2025

Washington – O Corredor do Lobito, que liga Angola à República Democrática do Congo (RDC) e à Zâmbia, vai contribuir para o avanço do sector ferroviário e tornar menos onerosas as trocas comerciais entre os países africanos, realçou este sábado, em Washington (EUA), o presidente do Grupo Banco Mundial, Ajay Banga.

O gestor da maior instituição financeira do mundo fez este reconhecimento durante a sessão plenária das assembleias anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, evento principal que reúne governadores, ministros das Finanças, banqueiros centrais e outras autoridades.

Na ocasião, Ajay Banga referiu que, quando se cria um corredor que transporta mercadoria de comboio, em vez de camião, isto é desenvolvimento inteligente, que dura e procura reformatar o trabalho das instituições de financiamento público.

Quando se cria uma estrada que conecta uma fábrica a um mercado, ela é construída com qualidade para resistir a inundações e não ter que ser reconstruída, frisou.

Recordou que, no ano passado, 48% do financiamento da sua instituição foi qualificado como tendo co-benefícios climáticos, o que excedeu às expectativas do GBM. Dentro disto, a resiliência constituiu 43% da carteira do sector privado, uma subida de um terço comparativamente aos anos transactos.

“Muitos países querem reforçar sistemas fulcrais, mas nós estamos a lançar avaliações financeiras de última geração para podermos recanalizar o nosso gasto para prioridades de grande impacto no mercado. O FMI aqui tem sido muito útil para reduzir riscos antes de escalarmos com 21 mil milhões de dólares no último ano fiscal”, sublinhou.

Por sua vez, a directora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, referiu que o sistema de comércio internacional, que beneficiou muitas pessoas, está a ser abalado profundamente por muitas razões, inclusive porque as regras não eram equitativas nem niveladas para todos e muitas pessoas foram deixadas para trás, recebendo muito pouca ajuda para se recuperar e, assim, encontrar um novo emprego.

Disse que tem se assistido à aplicação de medidas, não tarifárias assertivas, como licenças de importação, controlo de importação e taxas de importação. Até o momento, salientou, 188 dos 191 países-membros conseguiram evitar essas acções retaliatórias em forma de tarifas.

Disse que o FMI fornecerá apoio a todos os países-membros, com foco na gestão das implicações macroeconómicas.

Informou que se estima que 72% do comércio internacional ainda se baseie no princípio da sociedade mais favorecida, tendo acrescentado que os países usam a sua menor taxa bilateral e a aplicam a todos os processos comerciais.

“Nosso trabalho, em desenvolvimento de capacidades, abrange consultoria operacional, com quase três mil projectos concluídos e executados no ano passado, treinamento com mais de 500 cursos, atendimento a mais de 19 mil funcionários governamentais no mesmo período e organização de eventos como, em Fevereiro passado, na nossa primeira conferência sobre mercados emergentes, realizada na Arábia Saudita, em parceria com o ministro das Finanças.”, referiu.

Acrescentou que, a actividade de crédito do FMI, ancorada na justiça económica e na sua condicionalidade, abrange actualmente programas com 43 países-membros, para os quais 37 biliões de dólares foram aprovados desde Outubro e quase 5 bilhões de dólares foram alocados aos nove países de baixa renda.

Disse que a instituição está a avançar com as reformas acordadas, no ano passado, para auto-sustentabilidade, o que significa, em primeiro lugar, alocar mais de 9,4 biliões de dólares numa conta provisória ao longo de cinco anos e, em segundo lugar, chegar ao ponto em que 90% do capital desta conta seja alocado ao Fundo PRGT.

A sessão plenária das assembleias anuais do FMI e do Grupo Banco Mundial marca o fim dos trabalhos oficiais e nela são adoptadas decisões oficiais, como aprovação de demonstrações financeiras e orçamentos, e a eleição de directores executivos.

Integraram a delegação angolana, chefiada pelo ministro do Planeamento, Victor Hugo Guilherme, o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, responsáveis do Ministério das Finanças, Planeamento, Transportes e do Banco Nacional de Angola (BNA).

As reuniões anuais do Grupo Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional decorreram de 13 a 18 de deste mês, em Washington. As próximas reuniões anuais acontecem na Tailândia, em Outubro de 2026.

 

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