Angola projecta ligar principais Infra-estruturas angolanas com ferrovias


Luanda - O ministro angolano dos Transportes angolano, Ricardo D'Abreu, disse, esta quarta-feira, em Genebra (Suíça), ser intenção do seu país ligar as suas principais infra-estruturas com ferrovias para facilitar o comércio dentro do território nacional e com os vizinhos na região.
Ao participar numa mesa-redonda no quadro da décima sexta Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Ricardo D'Abreu adiantou que, no que diz respeito ao comércio em particular, o plano define como integrar as grandes infra-estruturas, como portos, caminhos-de-ferro, aeroportos e estradas, e permitir a sua expansão, dentro do país e com os países vizinhos.
De sublinhar que Angola tem uma linha costeira de cerca de mil e 600 quilómetros, estando os seus três principais portos, de Luanda, Lobito e Namibe, estão ligados por caminhos-de-ferro, que se estendem ao interior do país, em linhas separadas.
Segundo o ministro, o plano do Governo é estender a ligação ferroviária aos países vizinhos, como acontece actualmente com o Corredor de Lobito, que liga o litoral de Angola a República Democrática do Congo e a Zâmbia.
Para a concretização dos planos, acrescentou, Angola necessita de investimento do sector privado para expandir o Corredor do Lobito, que já conta com uma agência, criada com envolvimento de três países (Angola, RDC e Zâmbia), para facilitar o transporte, movimento de mercadorias e logística.
De acordo com Ricardo Viegas D'Abreu, citado pela JA Online, o Governo "vai lançar, nas próximas semanas, um concurso internacional para a concessão da infra-estrutura, que está ligada à ferrovia", nos terminais mineraleiro e do Porto do Namibe, recentemente inaugurados naquela província, na perspectiva de promover a sua extensão aos países vizinhos, como a Namíbia e a Zâmbia.
Recorde-se que o ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns de Oliveira, chefia a delegação angolana que participa, em Genebra (Suíça), na décima sexta sessão da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), a decorrer de 20 a 23 do corrente mês, sob o lema “moldando o futuro: impulsionando a transformação económica para um desenvolvimento equitativo, inclusivo e sustentável”.
A delegação angolana tem participado em sessões de alto nível e em mesas redondas, envolvendo líderes de governos, organizações internacionais, empresas, representantes de instituições de ensino e sociedade civil para equacionar soluções, visando enfrentar os desafios globais mais urgentes.