Angola produz actualmente seis mil e 300 megawatts de energia

Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, revelou, esta quarta-feira, em Luanda, que o país produz actualmente seis mil e 300 megawatts de energia eléctrica, contra os 450 que se produzia em 1975.

Na sua Mensagem sobre o Estado da Nação, apresentada na abertura da quarta sessão legislativa da quinta legislatura da Assembleia Nacional,João Lourenço adiantou que Angola conta actualmente com 13 centrais hidroeléctricas, 45 termo-eléctricas, cinco solares e nove híbridas.

Deu a conhecer que, em 1975, a extensão da rede de transporte de energia eléctrica era de 650 quilómetros, tendo, até 2002, baixado para 250 quilómetros, devido a destruição provocada pela guerra, tendo hoje uma rede de transportação de cerca de cinco mil quilómetros de linha.

Realçou que a taxa de acesso à energia eléctrica pela população é de 48 por cento, havendo mais de dois milhões de famílias registadas pela Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE).

Sublinhou que o Executivo está a desenvolver um amplo programa de electrificação do país, com a utilização de soluções de extensão de rede e de construção de mini-redes, para ampliar o número de beneficiários, principalmente em vilas e aldeias onde nunca houve energia eléctrica.

Reafirmou o compromisso para o maior número possível de angolanos tenha acesso à energia da rede pública, adiantando que está em fase conclusiva a linha de transporte de energia Gove/Matala para integrar no sistema eléctrico nacional as províncias da Huíla e do Namibe.

Disse que, desde 2002, foram reabilitadas e modernizadas as centrais hidroeléctricas do Gove, Lomaum, Mabubas, Biópio e Calueque, assim como construídas de raiz as de Capanda e Chicapa, e as térmicas de emergência em Luanda, Benguela, Huambo, Cabinda, Luena, Ondjiva, Saurimo e Dundo, além das linhas de transporte de energia entre Capanda e Luanda.

A partir de 2013, adiantou, foram desenvolvidas novas infra-estruturas, destacando os projectos de reabilitação, alteamento e construção da segunda central de Cambambe, a nova central de Laúca, o ciclo combinado do Soyo, assim como a reabilitação e modernização da de Matala e do Luachimo.

O aproveitamento hidroeléctrico do Chiumbe Dala, a reabilitação da central do Cunje e a construção de mais de três mil quilómetros de linhas de transmissão, ligando Soyo a Benguela e o Cuanza Norte ao Huambo e Bié, além da construção dos parques solares da Baía Farta, Biópio, Luena e Saurimo foram também destacados pelo Presidente da República.

Nos últimos 12 meses, foram construídos os parques solares do Lucapa, Cuito e Bailundo, assim como foram electrificadas as sedes municipais do Chinguar, Cachiungo, Chicala Choloanga, Seles, Camacupa, Catabola e Cangandala, sublinhou.

Destacou ainda como prioridade o investimento no transporte de energia, estando já interligadas as regiões Norte e Centro, beneficiando as províncias de Luanda, Icolo e Bengo, Bengo, Malanje, Cuanza-Norte, Cuanza-Sul, Uíge, Zaire, Benguela, Huambo e Bié, faltando a interligação entre o Centro e o Sul, para interligar Namibe, Huíla, Cunene, Cubango e Cuando, e a as regiões Norte e Leste (Moxico, Moxico Leste, Lunda-Norte e Lunda-Sul), e Cabinda, a partir do Soyo.

Revelou estar previsto para 2027 o início da produção de energia na barragem de Caculo Cabaça, actualmente em construção, assim como vai continuar a desenvolver os projectos de electrificação de municípios e bairros.