PETRóLEO

Angola arrecadou no III trimestre cerca 6,29 mil milhões de dólares com a exportação de petróleo

Produção de petróleo (arquivo) - DR
Produção de petróleo (arquivo)Imagem: DR

24/10/2025 13h37

Luanda - Angola arrecadou, no terceiro trimestre deste ano, cerca de 6,2 mil milhões de dólares com a exportação de petróleo bruto, disse, quinta-feira, em Luanda, o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, segundo notícia do JA Online.

 José Barroso, que discursava na cerimónia de abertura na sessão de apresentação dos resultados das exportações de petróleo bruto e gás, entre Julho e Setembro deste ano, avançou que o país exportou cerca de 91 milhões de barris de petróleo, um valor que representa uma diminuição de 10,91 por cento, se comparado ao terceiro trimestre de 2024.

O secretário de Estado para o Petróleo e Gás informou que o preço do Brent no mercado internacional apresentou uma trajectória volátil, com tendência de queda.

Comparativamente ao segundo trimestre de 2025, referiu que houve um aumento quer no volume exportado, de 7,19 por cento, quer no valor arrecadado, de 9,25 por cento.

José Barroso justifica esta queda nas exportações do volume de petróleo, exportado no período em referência, com o abrandamento da economia de países como a China e os Estados Unidos da América e os grandes stocks.

"Entre os factores desfavoráveis, destacam-se o abrandamento económico da China e dos Estados Unidos da América, o crescimento dos inventários de petróleo bruto nos EUA, e as incertezas quanto ao ritmo de expansão económica mundial, que se reflectiram numa fraca procura", sublinhou.

Adicionalmente, afirmou, a decisão da OPEP+ (Organização que junta 23 Países Produtores de Petróleo) de aumentar a produção, o incremento das tarifas norte-americanas sobre os produtos indianos até 50 por cento, o aumento das exportações de petróleo da Rússia após os ataques às suas refinarias, bem como o anúncio de um cessar-fogo temporário entre Israel e o Hamas, influenciaram igualmente a queda dos preços.

Factores favoráveis

Na mesma ocasião, José Barroso disse, por outro lado, que entre os factores que contribuíram para atenuar essa tendência de queda, que resultaram numa relativa estabilidade no mercado internacional, destacam-se os ataques de drones ucranianos contra as infra-estruturas petrolíferas russas, tendo perturbado os fluxos de produtos refinados, assim como as ofensivas israelitas na Síria, no Quirguistão e contra o Hamas, no Qatar.

Frisou a intenção dos EUA de agravar as tarifas sobre países que comercializam petróleo com a Rússia, a redução dos níveis de stocks norte-americanos, e a decisão da Reserva Federal (FED) de proceder ao corte das taxas de juro, contribuíram para sustentar o sentimento do mercado e reforçar a resiliência dos preços ao longo do período.

Perspectivas

Para o quarto trimestre do ano, José Barroso sublinhou que, primeiro, é preciso perceber o que vai realmente acontecer em Gaza, na Ucrânia e as decisões que a OPEP+ poderá tomar.

"Acreditamos que hoje a oferta é maior do que a procura, mas as coisas poderão mudar, tudo vai depender realmente da estabilidade política que tivermos nos próximos tempos", afirmou.

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