Inaugurada mina de produção cobre no Uíge

Luanda - A mina de cobre de Tetelo a céu aberto, com capacidade de processar quatro mil toneladas de minério e produzir de 300 toneladas de concentrado de cobre por dia, foi inaugurada, esta quarta-feira, no município de Maquela do Zombo (província do Uíge).

Inaugurada pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, acompanhado pelo governador do Uíge, José Carvalho da Rocha, a primeira mina de cobre do país foi instalada numa área de exploração de dois mil e 900 quilómetros quadrados.

Por iniciativa de uma empresa chinesa, as obras de instalação da mina iniciaram em 2021, com um investimento de 305 milhões de dólares, integra a exploração a céu aberto e implementação das infra-estruturas de processamento, prevendo-se para 2026 o início da operação subterrânea.

Com um tempo de vida útil estimado em 14 anos, o empreendimento conta com mil 523 postos de trabalho e prevê, igualmente, a recuperação de zinco e chumbo, a partir do último trimestre de 2026.

Na ocasião, Diamantino Azevedo referiu que o Uíge entra para a história como terra do cobre, com Maquela do Zombo como epicentro de um novo ciclo de desenvolvimento industrial, económico e social do país.

Sublinhou que a inauguração é um acto de visão estratégica, que leva Angola a afirmar a sua soberania económica e a entrar com autoridade na era dos minerais críticos do século XXI.

Referiu que o cobre é hoje um dos metais mais estratégicos do planeta e indispensável para veículos eléctricos, redes energéticas inteligentes, baterias, energia solar, mobilidade eléctrica, centros de dados e indústria digital.

Com essas iniciativas, afirmou, Angola está a posicionar-se com inteligência e soberania, com prospecções já em curso nas províncias do Moxico, Huíla, Cuanza Sul, Cuando e Cubango, integrando-se no grande arco da África Austral, um dos maiores cinturões de cobre do planeta.

Referiu que a prospecção e o desenvolvimento de outros minerais importantes para a transição energética como o lítio, terras raras, fosfatos e nióbio também estão em curso nas províncias do Namibe, Huambo, Cabinda e Huila.

Por sua vez, o governador do Uíge, José Carvalho da Rocha, disse ser uma oportunidade de emprego para a juventude e catalizador para a economia da região, referindo que o investimento coloca a sua província na rota da mineração moderna.