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UE investe 150 mil milhões de euros em África até 2027

Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen
Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 15h57 24/11/2025 - Actualizado às 15h57 24/11/2025

Luanda – A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reafirmou, esta segunda-feira, em Luanda, o compromisso em mobilizar 150 mil milhões de euros para África, até 2027, no âmbito da iniciativa Global Gateway, para impulsionar infra-estruturas, empreendedorismo e integração económica no continente.

Ao intervir no Fórum Empresarial União Africana-União Europeia, destacou que este investimento visa fortalecer as relações entre indústrias, empresas e povos dos dois continentes, sublinhando que as empresas desempenham um papel decisivo na partilha de tecnologias, competências e criação de empregos.

Deu a conhecer que, desde a última cimeira, em 2022, apesar do contexto global desafiante, as relações económicas entre África e Europa cresceram significativamente, com a União Europeia a manter-se como principal parceiro comercial do continente africano.

Ursula von der Leyen lembrou que um terço do comércio africano faz-se com a Europa, acrescentando que o bloco foi também o maior investidor em 2023, com 2,4 mil milhões de euros.

No quadro do Global Gateway, anunciou que mais de 120 mil milhões de euros já foram mobilizados, com impacto directo em sectores como a digitalização, infra-estruturas e cadeias de valor industriais, citando, a título de exemplo, a expansão de cabos de dados para a África Oriental e Ocidental, acções "que multiplicam o alcance de cada euro investido".

Neste quadro, destacou ainda três eixos prioritários para acelerar o investimento europeu no continente, nomeadamente o financiamento acessível, apoio ao empreendedorismo e integração regional.

Sublinhou que o acesso a capital continua a ser um dos principais constrangimentos para projectos africanos, razão pela qual a UE tem reforçado garantias e instrumentos de mitigação de risco para atrair investimento privado.

No domínio do empreendedorismo, frisou que África possui a maior taxa de criação de negócios no mundo, mas muitos não sobrevivem aos primeiros anos devido à falta de infra-estruturas, mercados e financiamento, destacando que a UE tem apoiado formação, inovação e a ligação de jovens empreendedores às cadeias de valor regionais.

Relativamente à integração regional, enfatizou que a Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) é essencial para o crescimento das empresas locais, defendendo a importância da livre circulação de bens como motor da competitividade africana.

Recordou que estudos apontam para um potencial de aumento de até 450 mil milhões de dólares nos rendimentos continentais, caso o mercado único avance plenamente, apelando a transformação das ambições em acções concretas, reforçando a necessidade de ouvir as empresas para identificar barreiras e ampliar oportunidades.

O Fórum Empresarial UA-UE, acontece no quadro da 7ª Cimeira União Africana(UA)-União Europeia (UE), que junta chefes de Estado e do Governo dos dois continentes.

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