Menos de 14% dos moto-taxistas no Zaire têm licença

Mbanza Kongo - Apenas novecentos e oito dos 6 625 mototaxistas têm licença para o exercício de actividade na província do Zaire, segundo declarações tornadas publicas domingo, em Mbanza Kongo, pelo pelo delegado provincial da Amotrang, Augusto Muabi, no final da marcha sobre a sinistralidade rodoviária, inserida no Dia Mundial em Memória às Vítimas da Estrada.

De acordo com o responsável, 80 por cento de mototaxistas que exercem a sua actividade nos 11 municípios da província do Zaire não passaram pela formação sobre as regras de trânsito, situação que considerou preocupante, dado ao elevado número de acidentes de viação que, maioritariamente, são provocados por mototaxistas.

Para inverter o quadro, a fonte disse que a instituição que dirige em parceria com o Departamento de Viação e Segurança Rodoviária, voltou a elaborar um novo programa que obriga os motoqueiros a passarem pela formação antes de exercer a actividade de táxi.

“Doravante, antes de exercer a actividade de mototaxista, o utente deve estar cadastrado, legalizado e passar pela formação sobre o Código de Estrada”, salientou.
O delegado provincial do Ministério do Interior no Zaire, José António Gaspar, que orientou o acto, disse que os acidentes de viação têm causado impacto negativo no tecido económico e social do país.

“Esses acidentes deixam marcas indeléveis de dor, traumas físicos e psicológicos irreversíveis para muitas famílias”, expressou.

Entre as causas dos acidentes registados nas estradas da província do Zaire, o responsável apontou a inobservância das regras de trânsito, o excesso de velocidade, a falta de empatia e de cidadania rodoviária, bem como de amor a outros utentes da via.
“Ser um cidadão com princípios, valores e educação, contribui significativamente para um ambiente rodoviário seguro. A segurança rodoviária depende única e exclusivamente de cada utente da via”, sublinhou.

Refira-se que nos últimos três meses do ano em curso foram registados na província do Zaire 168 acidentes de viação, que resultaram em 18 mortes e 190 feridos.

A marcha que juntou dezenas de cidadãos de vários estratos sociais percorreu as principais artérias da cidade de Mbanza Kongo e decorreu sob o lema “Mude antes que seja tarde.”