Cimeira União Africana/União Europeia decorre a 24 e 25 do corrente mês em Luanda

Luanda - O estado de preparação da Cimeira União Africana/União Europeia, a realizar-se em Luanda, a 24 e 25 do mês em curso, foi avaliada, esta segunda-feira, numa reunião de concertação promovida pelo Ministério das Relações Exteriores.

Orientada pelo secretário de Estado para Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas do Ministério das Relações Exteriores, Domingos Vieira Lopes, participaram na reunião secretários de Estado e altos funcionários de diferentes departamentos ministeriais e de órgãos de segurança interna e externa de Angola.

A cimeira vai assinalar os 25 anos de parceria entre os dois blocos e reforçar a cooperação em áreas como paz e segurança, desenvolvimento sustentável, comércio, governação e transformação digital, esclarece uma nota de imprensa do Ministério angolano das Relações Exteriores.

De acordo com a nota, “o evento ocorre num momento de crescente disputa internacional pela influência em África e no qual se verifica um reforço das relações bilaterais entre líderes europeus e africanos”.

Entre os principais objectivos da cimeira está a consolidação da Visão Conjunta União Europeia/União Africana para 2030, que estabelece metas comuns de prosperidade económica, desenvolvimento humano, governação, protecção ambiental e defesa do multilateralismo.

A agenda da cimeira, adianta a nota, dá igualmente destaque ao combate às alterações climáticas, aceleração da transformação digital e mobilidade entre os dois continentes.

O Parlamento Europeu tem insistido na necessidade de uma parceria de iguais, assente na solidariedade, democracia, direitos humanos e mecanismos transparentes de acompanhamento e implementação.

Do encontro espera-se ainda um avanço definitivo do novo Acordo de Samoa África-UE, cuja ractificação plena deverá contar com a participação activa dos parlamentos e da sociedade civil.

Outro ponto central será o impulso ao pacote de investimentos da Global Gateway, dotado de 150 mil milhões de euros, destinado a infra-estruturas e projectos estratégicos em África.

As discussões irão centrar-se também em temas chave como paz e segurança regional, integração económica, comércio, reforma das instituições multilaterais, governação, direitos humanos, desenvolvimento ecológico e digitalização, bem como migração e mobilidade.