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Cerca de 51 por cento da população está fora do sistema financeiro formal

Estratégia Nacional de Inclusão Financeira
Estratégia Nacional de Inclusão Financeira Imagens: Cedida

Redacção

Publicado às 12h43 05/12/2025

Luanda – O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, disse, esta sexta-feira, em Luanda, que cerca de 51 por cento dos cidadãos em Angola permanece fora do sistema financeiro formal e apenas um em cada quatro possui um bom nível de literacia financeira.

Ao discursar na cerimónia de apresentação pública da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira (ENIF) 2025–2027, adiantou que os que têm acessos estão concentrados em Luanda, no litoral e na região centro do país.

Reconheceu que esta realidade é influenciada pelos vários condicionalismos estruturais que ainda existem, que precisam de ser resolvidos, de forma estruturada e coerente, sublinhando que a estratégia apresentada é a resposta ao assunto.

Revelou que o Executivo estabeleceu como objectivo alcançar uma taxa de inclusão financeira de 65 por cento da população, até 2027, seguindo um caminho que permitirá promover a literacia financeira, expandir o micro-crédito e outros instrumentos financeiros, dinamizar a banca digital e móvel e fortalecer parcerias com o sector privado, sociedade civil e organizações internacionais para mobilizar recursos e conhecimento.

José de Lima Massano sublinhou que a Estratégia Nacional de Inclusão Financeira é um instrumento abrangente de política pública que, ao viabilizar o acesso alargado dos cidadãos e operadores económicos ao ecossistema financeiro, tem potencial para transformar vidas e dinamizar a economia do país.

Enfatizou que a ENIF facilita a poupança, o acesso ao crédito, aos seguros e aos sistemas de pagamento, ajudando as pessoas e as empresas a gerir riscos, fazer investimentos e gerar renda, recordando que a inclusão financeira é uma prioridade transversal do Plano de Desenvolvimento Nacional e um pilar essencial da agenda de diversificação económica.

Deu a conhecer que a ENIF pretende facilitar a integração de todos segmentos da população no circuito formal da economia, permitindo que cada cidadão, independentemente da sua condição social, género, idade ou localização geográfica, tenha acesso a produtos e serviços financeiros funcionais, seguros e a custos comportáveis.

Com esta estratégia, ressaltou, é reafirmado o compromisso colectivo de fazer do sistema financeiro um instrumento de desenvolvimento e de transformação social, e que estimule a poupança e o investimento produtivo, contribuindo para a construção de uma Angola mais equilibrada, próspera e justa.

Assistiram a cerimónia, membros do Executivo, governador do Banco Nacional de Angola, presidentes dos Conselhos de Administração da Agência Reguladora de Seguros e Fundos de Pensões e da Comissão de Mercado de capitais e representantes de instituições financeiras e da sociedade civil, entre outros.

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