Combate à seca vai beneficiar mais de dois milhões de pessoas no Sul de Angola
Luanda – O Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola (PCESSA) vai permitir o fornecimento de água a mais de dois milhões de pessoas, até 2027, nas províncias do Cunene, Namibe e Huíla.
De acordo com o Ministério da Energia e Águas, numa nota de imprensa tronada pública, o projecto vai permitir mais de 90 mil ligações domiciliárias, três mil e 200 chafarizes e 125 chimpacas, alterando o cenário do actual abastecimento de água no Sul de Angola.
A construção de barragens nas três províncias, algumas já concluídas e outras em execução, e demais soluções previstas no programa, vai permitir armazenar cerca de 600 milhões de metros cúbicos de água e irrigar cerca de 46 mil hectares para a agricultura na região.
Entre as soluções constantes do PCESSA, está a construção da barragem do Bero, na província do Namibe, com capacidade para armazenar 81,4 milhões de metros cúbicos de água e irrigar mil 417 hectares para a prática agrícola, assim como outros fins económicos.
O empreendimento vai permitir disponibilizar água para a cidade de Moçâmedes, aumentando a capacidade de distribuição para aumentar o nível de acesso dos habitantes da capital do Namibe.
Em termos sociais e económicos, destaca-se a melhoria da qualidade de vida dos habitantes e de saúde pública, além de permitir a criação de cinco mil e 500 empregos directos, esclarece a nota do ministério.
A conclusão da barragem do Bero está prevista para 2028, apesar de os seus benefícios começarem a ser sentidos antes deste período.
Esta barragem faz parte de um conjunto de soluções que o Executivo tem para a província do Namibe, incluindo outras 43 barragens que estão em recuperaçãos, para melhorar e aumentar a disponibilidade de água para fins domésticos, agrícolas e pecuários, nos municípios da Bibala, Camucuio, Cacimbas, Lucira, Sacomar, Moçâmedes e Virei.
Está igualmente para o Namibe mais cinco barragens, nomeadamente nas bacias do Giraul, Curoca, Bentiaba, Inamamgando e Carunjamba.
Segundo o Ministério da Energia e Águas, os projectos em curso reforçam o compromisso do Executivo angolano em melhorar a qualidade de vida das populações, conferindo maior dignidade aos cidadãos.