Corporação Financeira Internacional projecta financiamento para Angola
Luanda – O director-geral da Corporação Financeira Internacional (IFC), Makhtar Diop, revelou, esta sexta-feira, em Benguela, que a instituição pretende disponibilizar cerca de 300 milhões de dólares para o sector privado angolano, em 2026, nos ramos da agricultura, logística e turismo.
Makhtar Diop, que falava no final de uma reunião com o governador provincial, Manuel Nunes Júnior, adiantou que o financiamento visa criar mais oportunidades de emprego e aprimorar o ecossistema de exportações em Angola.
Manifestou o seu optimismo com o potencial económico da província de Benguela, nos domínios da agricultura, pescas, turismo, entre outros, que considerou ser capaz de criar mais emprego.
Destacou, a título de exemplo, o impacto do Corredor do Lobito, na viabilização do processo de logística para importar e exportar produtos, rumo a diversificação da economia nacional.
Durante a sua estada em Benguela, o director-geral da IFC visitou o centro de controlo de operações e o escritório da Lobito Atlantic Railway (LAR) e as instalações do Grupo Carrinho.
Makhtar Diop esteve em Angola durante quatro dias, tendo sido recebido em audiência pelo Presidente da República, João Lourenço, além de ter reunido com a equipa económica do Governo e participado numa mesa redonda interministerial de alto nível.
A Corporação Financeira lnternacional, ligada ao Banco Mundial, é a maior instituição global de desenvolvimento dedicada ao sector privado nos mercados emergentes, operando em mais de 100 países, na mobilização de capital, conhecimento técnico e influência para criar mercados e oportunidades nos países em desenvolvimento.
As suas prioridades estratégicas abrangem energia renovável e clima, infra-estruturas, inclusão financeira, agricultura sustentável, educação e saúde.
No exercício financeiro de 2025, destinou um valor de 71,7 mil milhões de dólares à empresas privadas e instituições financeiras em países em desenvolvimento, alavancando soluções lideradas pelo sector privado e mobilizando capital privado para construir um mundo sem pobreza, num planeta sustentável.
A actual carteira de financiamento da instituição em Angola está avaliada em 200 milhões de dólares, prevendo atingir, nos próximos quatro anos, mil milhões.