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Cabo submarino reforça soberania digital de Angola

Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário de Oliveira, no lançamento do cabo submarino da UNITEL
Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário de Oliveira, no lançamento do cabo submarino da UNITEL Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 14h20 14/12/2025

Luanda – O ministro das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, considera que a entrada da operadora de telefonia móvel Unitel no consórcio internacional do cabo submarino "2Africa" marca um avanço decisivo para a soberania digital e segurança das telecomunicações de Angola.

Ao proceder a inauguração do referido cabo, reconheceu que o país precisava de uma nova tecnologia internacional, capaz de responder ao crescimento acelerado do tráfego de dados e as exigências da economia digital.

Apontou o investimento da Unitel como uma iniciativa que surge numa altura em que o cabo submarino "SAT-3" está a atingir o fim da sua vida útil, após 25 anos de operação, e o WACS está no limite máximo da sua capacidade.

Realçou que o “2Africa” chega como a solução tecnológica mais moderna, ampliando a capacidade de transmissão, reforço da redundância das ligações e posicionamento do país entre os mercados africanos mais preparados para os desafios da conectividade global.

Destacou que, por razões técnicas, estratégicas e de soberania, ao amarrar o cabo “2Africa” em território nacional, Angola garante uma rota internacional estável, independente e orientada para o futuro, abrindo espaço para o desenvolvimento de datacenter, inteligência artificial, fintechs, comércio electrónico, serviços digitais e toda a nova geração da economia baseada em dados.

Mário Oliveira adiantou que o país se torna mais competitivo, conectado e seguro, consolidando um novo capítulo na transformação digital nacional.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da Unitel, Aguinaldo Jaime, a empresa investiu 43 milhões de dólares para o ramal do cabo submarino denominado “2Africa”, com cerca de 45 mil quilómetros de fibra óptica.

A nova estação de aterragem do cabo submarino “2Africa” está localizada no município de Cacuaco, província de Luanda.

A nova fibra óptica vai ligar 33 países, com passagem por África, Ásia e Europa.

Aguinaldo Jaime disse que o cabo submarino representa a convicção de que a conectividade é um catalisador fundamental para o desenvolvimento social e económico dos países, sendo um dos mais relevantes projectos de infra-estrutura digital da última década a nível mundial.

“Trata-se de um cabo submarino de nova geração, com cerca de 45 mil quilómetros de extensão e 33 pontos de amarração, interligando África, Europa, Médio Oriente e Ásia, com uma capacidade projectada superior a 180 terabytes por segundo”, revelou, adiantando que o sistema reúne numa só estrutura mais capacidade do que todos os cabos actualmente em operação em África.

Para Angola, sublinhou, foram alocados 23.6 terabytes por segundo, capacidade que permitirá ao país responder as necessidades tecnológicas da próxima década com maior segurança, modernidade e escalabilidade.

Acrescentou que a Unitel é a responsável pelo desenvolvimento do ramal de ligação em Angola, pela construção do ponto de amarração em Cacuaco e pela implementação da estação de aterragem do cabo.

Salientou que o investimento constitui um contributo directo para o reforço da soberania digital e para a modernização das infra-estruturas críticas para a inclusão tecnológica, prioridades assumidas pelo Executivo Angolano no período 2023-2027 e alinhadas com a Agenda “Angola 2050”.

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