Pressão ao crude baixa, depois de novas sanções à Rússia


Novas sanções contra à Rússia provoca queda no preço do barril de petróleo a nível interncional, na última semana.
Tudo acontece, depois do anúncio dos Estados Unidos e dos restantes 30 países membros da Agência Internacional de Energia (Fed) de que iriam aceder às suas reservas estratégicas de crude para conter a subida de preços.
Até a sessão de quarta-feira, o Brent em Londres registava uma queda semanal de 2,89% para 106,68 dólares, ao passo que o WTI nos EUA recuava 1,73 para 102,08 dólares. Entretanto, as perdas nos preços do crude foram atenuadas após a União Europeia (UE) ter apresentado a sua proposta de um 5.º pacote de sanções à Rússia que uma vez mais excluía o sector do petróleo e gás.
No mercado internacional de matérias-primas destacou-se a aceleração das cotações do trigo que valorizaram cerca de 1,92% após as informações que davam conta da destruição de reservas de cereais na Ucrânia.
Já no mercado de acções registaram-se algumas quedas devido ao posicionamento mais agressivo da Reserva Federal norte americana (Fed) para desacelerar a inflação nos EUA que atingiu cerca de 10% em Fevereiro, o nível mais alto desde Janeiro de 1982.
A Fed confirmou nesta semana que vai acelerar a retirada de estímulos à economia com a redução do seu balanço já a partir de Maio. Nos EUA, destaque para os índices Nasdaq e S&P 500 que recuaram mais de 5 e 3%, respectivamente.
Ainda nos mercados de accionistas, a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China anunciou que vai mudar as leis de confidencialidade que impedem as empresas chinesas listadas no exterior de fornecer informações financeiras confidenciais a reguladores estrangeiros.
Este cenário pode dar lugar à exclusão de cerca de 270 empresas chinesas do mercado de capitais dos Estados Unidos. (Paulo António)

