Por cada 100 dólares investimento por angolanos no estrangeiro, 45 estão concentrados em paraísos fiscais, sendo que, quase 1.000 milhões de dólares estão investidos, nas Maurícias, Ilha de Man e numa dependência da coroa do Reino Unido.

É nas ilhas Maurícias e Ilha Man que estão quase metade dos investimentos directos dos residentes em Angola, nacionais ou estrangeiros, cujo total no final de 2021 era equivalente a 2.152,6 milhões dólares.
Estes paraísos fiscais permitem aos angolanos e PEP (Pessoas Politicamente Expostas), ocultar a origem do seu dinheiro.

De acordo com o relatório do BNA sobre a Balança de Pagamentos e Posição do Investimento Internacional de Angola. Em 2021, a mão pesada da recuperação de activos fez com que Singapura deixa-se de fazer parte da lista de investimentos de angolanos em paraísos fiscais.

Segundo cálculos do jornal Expansão, o stock de investimentos directos de angolanos no estrangeiro recuou 33% em 2021 face ao ano anterior, passando de 3.206,4 milhões de dólares para 2.152,6 milhões.

Essa queda deve-se ao facto de Singapura deixar de ser um paraíso fiscal para os angolanos. Portanto, a lista dos principais destinos dos investimentos angolanos é hoje dominada pelas ilhas Maurícias, com 683,8 milhões USD (-1,3% face a 2020).

Segue-se Portugal com 476,7 milhões USD (+5,4%), e o pódio encerra com a offshore britânica Ilha de Man, com 297 milhões USD, o mesmo valor de 2020.