Rússia adverte sobre envolvimento directo da NATO na guerra na Ucrânia
Moscovo - O Presidente russo, Vladimir Putin, advertiu hoje que uma autorização dos países ocidentais à Ucrânia para ataques com mísseis de longo alcance contra território russo significaria que "os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) estão em guerra com a Rússia".
Se esta decisão [de uso de mísseis de longo alcance ocidentais] for tomada, significará nada menos do que o envolvimento directo dos países da NATO na guerra na Ucrânia", advertiu Putin, segundo o jornal britânico The Independent.
"Isso mudaria a própria natureza do conflito. Significaria que os países da NATO estão em guerra com a Rússia", acrescentou Putin num vídeo publicado na rede social Telegram por um jornalista do grupo presidencial russo.
A Ucrânia tem vindo a pedir autorização para atacar alvos no interior do território russo com mísseis fornecidos por países como os Estados Unidos e Reino Unido.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou, quinta-feira o "atraso" nas discussões sobre esta questão.
Até agora, os Estados Unidos, em particular, têm-se recusado a fazê-lo por receio de uma escalada que poderia levar a um conflito directo com a Rússia, uma vez que ambos os países são potências nucleares.
No entanto, quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, prometeu a Kyiv que iria analisar os pedidos militares da Ucrânia "com caráter de urgência", segundo a Reuters.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o Primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, deverão manter conversações sobre o assunto nesta sexta-feira.