Teerão - O Irão lançou um satélite para o espaço num foguetão construído pela Guarda Revolucionária paramilitar do país, anunciou a agência noticiosas deste país (IRNA).

O Irão descreveu o lançamento como um sucesso, e advertiu o ocidente para racionalizar o seu comportamento e discurso.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanaani, sublinhou que, com o lançamento bem-sucedido do satélite de investigação ‘Chamran 1’ e a sua colocação numa órbita de 550 quilómetros da Terra, o Irão “enviou uma mensagem clara as acções irracionais dos impositores de sanções”.

Kanaani afirmou numa mensagem na sua conta X que o Irão é um actor lógico, poderoso e construtivo, e que o lançamento bem-sucedido do satélite de investigação Chamran 1 pela transportadora de satélites Qaem 100 e a sua colocação na órbita de 550 km da Terra é uma bênção para todos os iranianos, sobretudo para os cientistas e estudiosos deste país.

A imprensa ocidental afirma que esta é a segunda vez que o Irão lança um satélite em órbita com um foguetão, mas que a operação de sábado não foi imediatamente confirmada por fontes independentes e, tal como na ocasião anterior, as autoridades iranianas não forneceram vídeos ou outras provas do lançamento.

Este lançamento surge numa fase em que há uma tensão político-militar no Médio Oriente devido à guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

O Irão tem sido acusado de continuar a enriquecer urânio para níveis próximos do grau de armamento.

A Euronews noticiou que o lançamento efetuado sábado foi a última novidade de um programa que o Ocidente receia estar a ajudar o Irão a fazer avançar o seu projecto de mísseis balísticos.

No passado, os Estados Unidos afirmaram que os lançamentos de satélites do Irão desafiam uma resolução da ONU e dissuadiram o Irão a não empreender actividades que envolvam mísseis balísticos capazes de transportar armas nucleares.

As sanções da ONU relacionadas com o programa de mísseis balísticos do Irão expiraram em Outubro do ano passado.

Durante o mandato do antigo Presidente iraniano Hassan Rouhani, relativamente moderado, a República Islâmica abrandou o programa espacial por receio de uma escalada das tensões ocidentais.