Mundo

Mundo


PUBLICIDADE

Mais de 350 pessoas mortas no Líbano em ataques israelitas

Mais de 350 pessoas mortas hoje no Líbano em ataques israelitas
Mais de 350 pessoas mortas hoje no Líbano em ataques israelitas Imagens: DR

Redacção

Publicado às 22h46 23/09/2024 - Actualizado às 22h50 23/09/2024

Beirute - Pelo menos 356 pessoas foram mortas e 1.246 ficaram feridas, nesta segunda-feira, em consequências dos ataques aéreos que o Israel lançou sobre centenas de alvos do Hezbollah no Líbano, segundo a imprensa internacional que cita autoridades de saúde libanesas.

Após algumas das mais pesadas trocas de ataques através da fronteira desde o início das hostilidades, Israel alertou a população para se retirar de áreas onde, segundo o governo israelita, o Hezbollah estava a armazenar armas.

Após quase um ano de guerra contra o Hamas em Gaza, na fronteira sul, as forças israelitas estão a mudar o seu foco para a fronteira norte, de onde o Hezbollah tem disparado misseis contra Israel em apoio ao seu aliado Hamas.

O Ministério da Saúde do Líbano disse que pelo menos 356 pessoas foram mortas, incluindo 42 mulheres e 24 crianças, e 1.246 ficaram feridas nos ataques de Israel nesta segunda-feira.

"As acções continuarão até atingirmos nosso objectivo de devolver os residentes da região norte em segurança para suas casas", disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, num vídeo publicado pelo seu gabinete, preparando o cenário para um longo conflito, já que o Hezbollah prometeu continuar a lutar até que haja um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

"Estes são dias em que o povo israelita terá que mostrar serenidade", afirmou.

Gallant falava após o Exército israelita atacar o Hezbollah no sul do Líbano, no leste do vale de Bekaa e na região norte, perto da Síria, em ataques mais generalizados.

O porta-voz do Exército israelita, Avichay Adraee, disse na rede social X que mais de 300 alvos do Hezbollah haviam sido atingidos até o momento, após ter alertado que ataques aéreos eram iminentes em casas no Líbano onde "o Hezbollah escondia armas".

A Reuters não pôde verificar de forma independente a alegação de Israel de que o Hezbollah havia armazenado armas em casas situadas em aldeias.

As incursões aéreas intensificaram a pressão sobre o Hezbollah, que na semana passada sofreu um ataque que o seu líder, Hassan Nasrallah, chamou de "sem precedentes na história" do grupo, após milhares de pagers e walkie-talkies usados por seus membros ter explodido.

A operação foi amplamente atribuída a Israel, que não confirmou nem negou a responsabilidade.

PUBLICIDADE