Mais de 350 pessoas mortas no Líbano em ataques israelitas


Beirute - Pelo menos 356 pessoas foram mortas e 1.246 ficaram feridas, nesta segunda-feira, em consequências dos ataques aéreos que o Israel lançou sobre centenas de alvos do Hezbollah no Líbano, segundo a imprensa internacional que cita autoridades de saúde libanesas.
Após algumas das mais pesadas trocas de ataques através da fronteira desde o início das hostilidades, Israel alertou a população para se retirar de áreas onde, segundo o governo israelita, o Hezbollah estava a armazenar armas.
Após quase um ano de guerra contra o Hamas em Gaza, na fronteira sul, as forças israelitas estão a mudar o seu foco para a fronteira norte, de onde o Hezbollah tem disparado misseis contra Israel em apoio ao seu aliado Hamas.
O Ministério da Saúde do Líbano disse que pelo menos 356 pessoas foram mortas, incluindo 42 mulheres e 24 crianças, e 1.246 ficaram feridas nos ataques de Israel nesta segunda-feira.
"As acções continuarão até atingirmos nosso objectivo de devolver os residentes da região norte em segurança para suas casas", disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, num vídeo publicado pelo seu gabinete, preparando o cenário para um longo conflito, já que o Hezbollah prometeu continuar a lutar até que haja um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"Estes são dias em que o povo israelita terá que mostrar serenidade", afirmou.
Gallant falava após o Exército israelita atacar o Hezbollah no sul do Líbano, no leste do vale de Bekaa e na região norte, perto da Síria, em ataques mais generalizados.
O porta-voz do Exército israelita, Avichay Adraee, disse na rede social X que mais de 300 alvos do Hezbollah haviam sido atingidos até o momento, após ter alertado que ataques aéreos eram iminentes em casas no Líbano onde "o Hezbollah escondia armas".
A Reuters não pôde verificar de forma independente a alegação de Israel de que o Hezbollah havia armazenado armas em casas situadas em aldeias.
As incursões aéreas intensificaram a pressão sobre o Hezbollah, que na semana passada sofreu um ataque que o seu líder, Hassan Nasrallah, chamou de "sem precedentes na história" do grupo, após milhares de pagers e walkie-talkies usados por seus membros ter explodido.
A operação foi amplamente atribuída a Israel, que não confirmou nem negou a responsabilidade.