Sobe para 558 mortos o balanço dos ataques de Israel no Líbano
Beirute – Quinhentas e cinquenta e oito pessoas morreram nos ataques aéreos israelitas realizados no Líbano, naquele que foi a maior incursão militar desde o início do mais recente conflito no Médio Oriente.
Os confrontos entre Israel e o Hezbollah intensificaram-se desde a vaga de explosões simultâneas de equipamentos de comunicação (primeiro, 'pagers' e, depois, 'walkie-talkies'), atribuídas a Israel, que em todo o Líbano fizeram 39 mortos e quase 3.000 feridos, a 17 e 18 de Setembro, segundo as autoridades libanesas.
Estes são os piores confrontos de Israel ao Líbano, desde a guerra em 2006.
O Governo do Líbano indicou hoje que o número de mortos dos ataques israelitas, realizados na segunda-feira, subiu de 491 para 558 pessoas, incluindo 50 crianças e 94 mulheres.
O balanço foi actualizado pelo ministro da Saúde interino, Firas Abiad, numa conferência de imprensa conjunta com o chefe do Sindicato dos Proprietários de Hospitais, Suleiman Haroun.
"A grande maioria, se não todos, eram pessoas desarmadas nas suas casas", disse Abiad, citado pela agência de notícias AFP.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, alertaram hoje que a actual espiral de violência no Médio Oriente pode provocar um conflito regional mais vasto com consequências inimagináveis.
Numa declaração publicada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, na qualidade de actual representante do G7, este grupo de países, reunidos à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, apelou ao fim do "actual ciclo destrutivo" de violência no Médio Oriente.