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Rússia procura manter bases militares na Síria após queda de al-Assad

Tropas tropas russas na Siria
Tropas tropas russas na Siria Imagens: DR

Redacção

Publicado às 09h04 10/12/2024

Moscovo - O governo da Rússia confirmou, segunda-feira, que está a envidar esforços para garantir o futuro de suas principais bases militares na Síria, enquanto conversa com os novos líderes do país, após o colapso do regime do presidente deposto Bashar al-Assad.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que as autoridades russas estão a tomar todas as "medidas necessárias para estabelecer contacto na Síria com aqueles capazes de garantir a segurança das bases militares", mas que o país precisará de “tempo e uma conversa séria” sobre sua presença militar, segundo a agência de notícias estatal russa “RIA Novosti”.

Peskov também afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, concedeu asilo a Assad e sua família na Rússia, mas não tem encontros públicos agendados com o ex-líder sírio.

A Rússia mantém uma base aérea significativa no noroeste da Síria e uma instalação naval no porto mediterrâneo de Tartus desde que a sua intervenção militar ajudou Assad a recuperar grande parte do país após os protestos iniciados em 2011 a nível nacional.

Com o colapso de Assad, que era o aliado mais fiel da Rússia Médio Oriente, Kremlin parece estar a recorrer à diplomacia para preservar a sua influência na Síria.

O governo sírio entrou em colapso na madrugada de domingo, caindo perante uma ofensiva relâmpago dos rebeldes que tomaram o controlo da capital Damasco. Milhares de pessoas saíram às ruas para celebrar o fim dos 50 anos de domínio da família Assad.

Os rebeldes sírios afirmaram ter entrado na capital Damasco e que o presidente de longa data Bashar Al-Assad "fugiu do país", ditando o culminar de um avanço relâmpago pelo país que começou no final de Novembro.

Os grupos insurgentes, liderados pelo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), anunciaram também que tinham entrado na famosa prisão militar de Saydnaya, a norte da capital, e que tinham “libertado todos os prisioneiros”.

Um dia antes, as forças da oposição tomaram o controlo da cidade central de Homs, a terceira maior cidade da Síria, depois de as forças governamentais a terem abandonado as respectivas posições.

A cidade de Homs situa-se numa importante intersecção entre Damasco e as províncias costeiras sírias de Latakia e Tartus, a base de apoio do líder sírio e onde esta instalada uma base naval russa.

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