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Conservadores e centro-esquerda fecham acordo preliminar para formar governo na Alemanha

 Os líderes dos partidos CDU (esq.) e SPD da Alemanha
Os líderes dos partidos CDU (esq.) e SPD da Alemanha Imagens: AFP

Redacção

Publicado às 11h58 09/03/2025

Berlim - Os conservadores alemães liderados por Friedrich Merz e o partido centro-esquerda SPD anunciaram, este sábado, terem chegado a um acordo de princípio para formar um governo, que quer investimentos massivos para revitalizar e reconstruir a maior economia da Europa.

"Elaboramos um documento conjunto e chegamos a um acordo sobre uma série de questões", disse o futuro chanceler conservador da Alemanha, Friedrich Merz, aos jornalistas.

De acordo com um despacho da AFP, Friedrich Merz adiantou que as negociações detalhadas que vai levar a formação do novo executivo alemão começam na próxima semana, provavelmente.

"Estamos todos convencidos de que temos uma tarefa enorme pela frente", disse Merz, enquanto o co-presidente centro-esquerda do SPD, Lars Klingbeil, enfatizou que "demos um primeiro passo".

Em termos de detalhes, os dois partidos conseguiram superar as suas diferenças em questões de migração, disse Friedrich Merz.

O SPD aceitou uma proposta controversa dos conservadores para reforçar os controlos de fronteira, "em acordo com os parceiros europeus" e devolver aos seus países s estrangeiros sem documentos.

Os sociais-democratas, por sua vez, impuseram como sua exigência a aumentar o salário mínimo para 15 euros a hora, disse Klingbeil.

Os parceiros surpreenderam ao concordar esta semana com um grande programa de investimentos voltado para rearmamento e para a infra-estrutura.

As discussões sobre um novo governo estão a ser acompanhadas de perto pelos países vizinhos europeus, que esperam que a Alemanha, sob o guarda-chuva dos EUA desde o pós-guerra, desempenhe um papel maior em questões de segurança e defesa.

As eleições antecipadas na Alemanha realizaram-se a 23 de Fevereiro último, e elegeram os 630 membros do vigésimo primeiro parlamento alemão.

Inicialmente marcadas para 28 de Setembro de 2025, as eleições foram antecipadas, devido ao colapso da coligação durante a crise do governo alemão de 2024.

Esta foi a quarta eleição antecipada na história da Alemanha do pós-guerra, depois das de 1972, 1983 e 2005.

A aliança CDU/CSU, liderada por Friedrich Merz, conquistou 208, dos 630 lugares no parlamento, com 28,52 por cento dos votos, seguida da AfD, de Alice Weidel, com 152 mandatos (20,8 por cento), SPD, de Olaf Scholz, com 120 mandatos (16,41), GRÜNE, de Robert Habeck (85 mandatos - 11,61), Die Linke, de Heidi Reichinek e Jan van Aken (64 - 8,77) e SSW, de Stefan Seidler (01 assento - 0,15).

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