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Trump ameaça retirar benefícios fiscais à Universidade de Harvard

Trump ameaça tirar benefícios fiscais à universidade de Harvard
Trump ameaça tirar benefícios fiscais à universidade de Harvard Imagens: DR

Redacção

Publicado às 23h58 15/04/2025 - Actualizado às 00h21 16/04/2025

Massachussets - O Presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou esta terça-feira retirar importantes benefícios fiscais a Harvard, um dia depois de a prestigiada universidade norte-americana ter recusado satisfazer as exigências feitas pela Casa Branca.

“Talvez Harvard devesse perder o seu estatuto de isenção fiscal e ser tributada como uma entidade política, se continuar a defender a ‘doença’ política, ideológica, de inspiração/apoio ao terrorismo”, escreveu o Presidente republicano na sua rede social Truth Social.

“Lembrem-se, o Estatuto de Isenção Fiscal está totalmente condicionado à actuação no INTERESSE PÚBLICO!”, frisou Trump, recorrendo a letras maiúsculas para acentuar o conteúdo da mensagem.

A nova crítica à instituição académica ocorre um dia depois de a administração dos Estados Unidos ter decidido retirar 2,2 mil milhões de dólares de subsídios federais plurianuais a Harvard.

A universidade privada com sede perto de Boston, que possui um património de mais de 50 mil milhões de dólares, beneficia de uma isenção de impostos federais e estaduais, neste caso do estado de Massachusetts.

Tal como outras universidades norte-americanas, Harvard foi palco de protestos estudantis contra a guerra de Israel na Faixa de Gaza, e tem sido alvo de críticas por parte da Casa Branca desde que Donald Trump regressou ao poder, em Janeiro passado.

O chefe de Estado tem acusado Harvard e as outras instituições de permitirem que o antissemitismo se desenvolva nos seus campus, tendo a administração republicana solicitado que pusessem em prática uma série de medidas — incluindo uma “auditoria” às opiniões dos estudantes e do pessoal docente — sob pena de o governo federal travar subsídios.

Ao contrário da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, Harvard recusou-se a cumprir.

Numa carta dirigida aos estudantes e professores, o reitor da universidade, Alan Garber, garantiu-lhes na segunda-feira que Harvard não renunciaria “à sua independência, nem aos seus direitos constitucionalmente garantidos”.

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