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Trump prevê reduzir a presença diplomática dos EUA em África

Trump revê reduzir a presença diplomática dos EUA em África
Trump revê reduzir a presença diplomática dos EUA em África Imagens: DR

Redacção

Publicado às 17h52 21/04/2025 - Actualizado às 17h55 21/04/2025

Washington - O Governo dos Estados Unidos da América (EUA) poderá reduzir consideravelmente a presença diplomática do seu país em África, no âmbito de uma “reorganização estrutural total” do Departamento de Estado, segundo um projecto de decreto presidencial.

O documento prevê uma revisão do departamento, que é o coração da diplomacia norte-americana, até 1 de Outubro, com o objectivo de “racionalizar a execução das missões, promover o poder dos EUA no estrangeiro, reduzir o desperdício, a fraude e o abuso” e “alinhar o Departamento de Estado com a doutrina estratégica America First – uma teoria política nos Estados Unidos que enfatiza a noção fundamental de colocar a América em primeiro lugar.”

O actual gabinete para África será abolido e substituído por um “Gabinete do Enviado Especial para os Assuntos Africanos”, que responderá perante o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca e não perante o Departamento de Estado.

Todas as embaixadas e consulados não essenciais na África Subsaariana serão encerrados”, lê-se no projecto de decreto, e todas as restantes missões ficarão sob a autoridade de um enviado especial.

O plano inclui a abolição dos gabinetes do Departamento de Estado responsáveis pelas alterações climáticas, democracia e direitos humanos.

A maior mudança é a reorganização da presença diplomática dos EUA em quatro regiões diferentes: Eurásia, Médio Oriente, América Latina e Ásia-Pacífico.

A embaixada dos EUA na capital canadiana, Ottawa, também será “substancialmente reduzida”, uma vez que Donald Trump continua a alimentar ambições expansionistas em relação ao Canadá, que descreve como o “51.º Estado americano”.

Este projecto de decreto faz parte de uma série de medidas tomadas pelo Presidente para reduzir as iniciativas de soft power (visam influenciar outras nações por meio da persuasão e da atracção, em vez da força) dos EUA e o seu questionamento de alianças de longa data, incluindo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Na semana passada, vários meios de comunicação social norte-americanos noticiaram potenciais cortes drásticos no orçamento do Departamento de Estado, que resultariam no fim do financiamento de organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas e a NATO.

O plano foi inicialmente revelado pelo New York Times e desmentido no domingo (20) pelo chefe da Diplomacia Americana, Marco Rubio: “Esta é uma informação falsa”, escreveu na rede social X, insistindo que o jornal tinha sido “vítima de mais um embuste.”

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