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China tenta suspender venda de portos no Panamá

China tenta suspender venda de portos no Panamá
China tenta suspender venda de portos no Panamá Imagens: DR

Redacção

Publicado às 14h06 28/05/2025

Tóquio - A China está a intensificar a pressão sobre o conglomerado de Hong Kong CK Hutchison Holdings para suspender a venda de dois portos próximos do Canal do Panamá a um consórcio liderado pela norte-americana BlackRock, informou a imprensa japonesa.

O negócio, avaliado em 22,8 mil milhões de dólares, prevê a venda de uma participação de 80% num conjunto de subsidiárias portuárias que gerem 43 portos em 23 países, incluindo os terminais em ambas as extremidades do canal, em Balboa e Cristóbal.

A empresa de Hong Kong já indicou que não avançará contra as objeções chinesas. O desenvolvimento do negócio poderá ainda ser influenciado pelas negociações em curso entre os Estados Unidos e a China para pôr termo à guerra comercial iniciada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, indicou na terça-feira o jornal japonês Nikkei Asia.

Dominic Lai, vice-diretor-gerente do grupo, afirmou na assembleia geral anual de acionistas, realizada esta semana, que a empresa cooperará integralmente com as autoridades chinesas. Lai sublinhou ainda que o conglomerado jamais agiria em violação da legislação chinesa.

Em Abril, a imprensa de Hong Kong avançou que a CK Hutchison pretendia separar os dois portos panamenhos do controverso acordo, numa tentativa de evitar atritos com a China.

Concluído sob os auspícios dos Estados Unidos em 1914, o Canal do Panamá, que atravessa a América Central, tornou-se um dos alvos de Trump assim que regressou à Casa Branca, em 20 de Janeiro. O Presidente norte-americano acusou a China de controlar as operações no canal e prometeu "tomá-lo de volta".

Sob pressão de Washington, a CK Hutchison fechou em Março um acordo preliminar para vender os direitos de operação efetiva dos referidos portos.

 

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