Putin assegura que quer solução diplomática para guerra com a Ucrânia


Rússia - O Presidente russo, Vladimir Putin, transmitiu hoje ao Papa Leão XIV querer alcançar a paz por meios "diplomáticos", enquanto acusou a Ucrânia de procurar escalar as hostilidades, segundo a imprensa europeia.
A Ucrânia realizou nos últimos dias vários ataques em território russo, incluindo uma operação complexa com 'drones' que danificou ou destruiu vários aviões militares russos.
Moscovo também acusa a Ucrânia de estar por trás das explosões que provocaram no fim-de-semana passado o colapso de duas pontes e o descarrilamento de três comboios, causando sete mortos e mais de uma centena de feridos, incluindo crianças.
A Ucrânia também reivindicou na terça-feira um ataque com explosivos contra a ponte da Crimeia, uma gigantesca obra rodoviária e ferroviária que liga a península anexada à Rússia.
Durante a sua conversa com o Papa Leão XIV, considerada "construtiva" pelo Kremlin, Putin criticou ainda a proibição, em 2024, pelas autoridades ucranianas, da Igreja Ortodoxa subordinada ao Patriarcado de Moscovo, que outrora contava com o maior número de fiéis na Ucrânia.
Apelou ao Vaticano para que "se empenhe mais activamente em favor da liberdade de culto na Ucrânia".
Nas últimas semanas, o Vaticano foi considerado um dos locais possíveis para negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, e Putin expressou hoje "gratidão" ao Papa "pela sua vontade de contribuir para a resolução" do conflito.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de Fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).