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Donald Trump proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos EUA

Donald Trump proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos EUA
Donald Trump proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos EUA Imagens: DR

Redacção

Publicado às 21h40 05/06/2025

Washington - O Presidente norte-americano, Donald Trump, assinou, na quarta-feira, uma lei que proíbe a entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos.

Trata-se dos cidadãos do Afeganistão, Myanmar, Tchad, Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.

Donald Trump justifica a medida, que entra em vigor a partir da próxima segunda-feira (9), com a necessidade de proteger o país contra "terroristas estrangeiros" e outras ameaças à segurança.

"Não permitiremos a entrada no nosso país de pessoas que nos queiram fazer mal", disse Trump num vídeo publicado na sua rede social, Truth Social, afirmando que a lista pode ser revista e novos países podem ser adicionados.

Para além disso, a entrada de cidadãos do Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turquemenistão e Venezuela será parcialmente restringida.

O Chefe de Estado norte-americano já tinha anunciado esta proibição num decreto assinado a 20 de Janeiro, no primeiro dia de regresso à Casa Branca, instruindo a sua Administração a apresentar uma lista de países candidatos à proibição até 21 de Março.

Há algumas excepções para esta nova política, nomeadamente para atletas que viajam para grandes eventos desportivos, cidadãos com dupla nacionalidade e cidadãos afegãos com vistos especiais de imigração.

A Somália comprometeu-se a trabalhar com os EUA para abordar as questões de segurança.

Segundo o embaixador da Somália nos Estados Unidos, Dahir Hassan Abdi, em comunicado, "a Somália valoriza a sua relação de longa data com os Estados Unidos e está pronta para dialogar para abordar as preocupações levantadas".

A Venezuela foi mais dura nas palavras, descrevendo o Governo norte-americano como “fascista” e alertando os venezuelanos para a permanência nos EUA.

"A verdade é que estar nos Estados Unidos é um grande risco para qualquer pessoa, não apenas para os venezuelanos. Perseguem os nossos compatriotas, o nosso povo, sem qualquer motivo", disse o ministro da Administração Interna da Venezuela, Diosdado Cabello, citado pela Reuters.

O Presidente dos Estados Unidos está a recuperar uma medida imposta durante o seu primeiro mandato, em 2017. Na altura, o republicano proibiu a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana, tendo ficado conhecida como muslim ban.

Na óptica de Trump, esta foi “uma das políticas mais bem-sucedidas” do seu mandato e foi “essencial para prevenir ataques terroristas de estrangeiros em solo americano”.
Entretanto, o ex-presidente Joe Biden, que sucedeu a Donald Trump, revogou esta proibição aos cidadãos do Irão, Líbia, Somália, Síria e Iémen em 2021, considerando-a "uma mancha na consciência nacional".

A medida é imposta numa altura em que Donald Trump tem anunciado uma série de políticas de imigração polémicas, nomeadamente a restrição à entrada de estudantes estrangeiros em algumas universidades norte-americanas, nomeadamente a Universidade de Harvard.

Além disso, o presidente norte-americano também bloqueou pedidos de asilo na fronteira sul e revogou o estatuto de protecção temporária para imigrantes de vários países que enfrentam crises humanitárias.

 

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