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ACNUR elimina 3.500 postos de trabalho por corte de fundos

ACNUR elimina 3.500 postos de trabalho por corte de fundos
ACNUR elimina 3.500 postos de trabalho por corte de fundos Imagens: DR

Redacção

Publicado às 21h22 16/06/2025

Nova Iorque - A Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), afetada por cortes do financiamento norte-americano e outros doadores, anunciou esta segunda-feira que vai eliminar 3.500 postos de trabalho e reduzir em cerca de 30% os custos com pessoal.

“Perante a difícil situação financeira, a ACNUR foi obrigada a reduzir as operações”, admitiu, em comunicado, o líder da agência, Filippo Grandi. Esta reestruturação já envolveu o encerramento ou redução de escritórios da ACNUR em todo o mundo e a eliminação de quase 50% dos cargos executivos na sede da agência, em Genebra, acrescentou.

Os programas essenciais de apoio às famílias vulneráveis, à saúde, à educação, ao tratamento da água e à higiene também foram afetados, lê-se na mesma nota da ACNUR, referindo que está a trabalhar com outras agências da ONU, organizações humanitárias e governos para mitigar ao máximo os efeitos desta situação.

“Embora estejamos a enfrentar cortes dolorosos e a perda de muitos colegas, o nosso compromisso com os refugiados é inabalável”, assegurou Grandi.

No comunicado, a agência manifestou ainda apoio a iniciativas dentro da ONU que procuram reestruturar todo o sistema de agências internacionais para abordar questões de financiamento, como o programa UN80 apresentado este ano pelo secretário-geral, António Guterres.

Os cortes na ACNUR estão a ser confirmados na mesma semana em que a organização vai liderar as comemorações do Dia do Refugiado, a 20 de junho.

Na semana passada, a agência apresentou o relatório anual, indicando que cerca de 122 milhões de pessoas estão a viver longe de casa devido a conflitos, violência e outras crises — um número recorde de deslocações forçadas, o dobro de há apenas uma década.

 

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