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Donald Trump proíbe ou restringe entrada nos EUA a cidadãos de 19 países

 Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, no aeroporto de Itália -  AFP
Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, no aeroporto de ItáliaImagem: AFP

05/06/2025 10h34

Washington - O Presidente Donald Trump decidiu, esta quarta-feira, proibir a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de 12 países, sob alegação de protecção dos Estados Unidos da América contra "terroristas estrangeiros", e restringir outros sete países.

A proibição afecta o Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen, enquanto a restrição parcial de entrada vai se aplicar a cidadãos de Cuba, Venezuela, Burundi, Laos, Serra Leoa, Togo e Turquemenistão, indica um despacho da AFP.

A decisão, em termos gerais, proíbe a residência, turismo, vistos de estudo e de actividades comerciais, participação em conferências, reuniões e negociações, e inclui migrantes e não migrantes.

Em ambos os casos, tanto para a proibição quanto para a restrição, contemplam-se excepções se a procuradora-geral, Pam Bondi, ou o secretário de Estado, Marco Rubio, estimarem que a viagem de um determinado indivíduo beneficia os interesses nacionais dos Estados Unidos.

As medidas entram em vigor na segunda-feira.

Segundo Donald Trump, a proibição foi motivada por um ataque no Colorado contra manifestantes que pediam a libertação dos reféns israelitas em Gaza.

As autoridades americanas atribuíram o ataque a um homem que, segundo indicaram, estava no país ilegalmente.

"O recente ataque terrorista em Boulder, Colorado, evidenciou os perigos extremos que representa a entrada de cidadãos estrangeiros que não foram devidamente verificados", disse Donald Trump, no Sala Oval, em uma mensagem de vídeo publicada na rede social X. 

A lista, no entanto, não inclui o Egipto, país de origem do homem, de 45 anos idade, suspeito de cometer o ataque no Colorado, que comparecerá, esta quinta-feira, perante um tribunal para que seja notificado formalmente das acusações de crime de ódio e tentativa de assassinato, entre outros delitos.

Donald Trump comparou as novas medidas de proibição as que impôs, a um determinado número de países, principalmente muçulmanos, durante o seu primeiro mandato, que, segundo disse, evitou que os Estados Unidos sofressem ataques como os ocorridos na Europa.

A proibição não será aplicada aos atletas que vão competir na Copa do Mundo de futebol de 2026, que os Estados Unidos co-organizam com Canadá e México, ou nos Jogos Olímpicos de Los Angeles de 2028.

O Presidente norte-americano anunciou igualmente a proibição de vistos para estudantes estrangeiros que previam ingressar na Universidade de Harvard, intensificando a sua repressão contra o que considera um bastião do liberalismo.

A nova proibição de viagem de Trump pode acabar nos tribunais, como ocorreu com muitas das medidas drásticas que tomou, desde que voltou ao poder em Janeiro último.

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