COOPERAçãO MULTILATERAL
Ministros da defesa dos países membros da OCS reunidos na China

26/06/2025 09h35
Qindao – Os Ministros da Defesa dos países membros da Organização para Cooperação de Shanghai (OCS), reúnem-se hoje, em Qindao, na China, com o objectivo de definir estratégias para "enfrentar os desafios actuais", segundo a imprensa internacional.
Este encontro em Qingdao, cidade costeira no leste da China, ocorre um dia após a cimeira dos líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) em Haia, onde os membros concordaram em aumentar os seus gastos com a defesa, de acordo com as exigências do Presidente norte-americano, Donald Trump.
O evento também acontece após a entrada em vigor, na terça-feira, de um cessar-fogo entre Israel e o Irão – este último membro activo da OCS, que também integra a própria China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Uzbequistão, Índia e o Paquistão.
O Ministro da Defesa da China, Dong Jun, afirmou, na abertura da reunião, o ministro da Defesa da China Dong Jun, destacou a importância do evento como um factor de equilíbrio num mundo caracterizado por "caos e instabilidade".
Segundo ele, “as mudanças mais cruciais no espaço de um século estão a acelerar, o unilateralismo e o protecionismo estão a aumentar”, de acordo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.
"Os actos hegemónicos, dominadores e intimidadores prejudicam gravemente a ordem internacional», afirmou Dong Jun, apelando aos seus homólogos para "agirem com mais vigor para salvaguardar colectivamente o ambiente propício ao desenvolvimento pacífico".
A China procura há muito tempo apresentar a OCS, que conta com dez membros, como um contrapeso aos blocos de poder aliados dos Estados Unidos, incentivando, nomeadamente, a colaboração política, de segurança, comercial e científica.
O ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, também presente em Qingdao, afirmou que os membros da OCS devem "aspirar colectivamente a realizar os desejos e as expectativas" dos povos e "enfrentar os desafios actuais".
"O mundo em que vivemos está a sofrer uma transformação drástica. A globalização, que outrora nos aproximou, está a perder o seu ímpeto", afirmou através do seu gabinete na rede social X.
À margem de um encontro com o seu homólogo chinês, o ministro da Defesa russo, Andreï Belooussov, saudou as relações com a China, que atingiram um "nível sem precedentes".
"As relações amigáveis entre os nossos países mantêm uma dinâmica de desenvolvimento ascendente em todas as direcções", afirmou, segundo a Xinhua.