Luanda - Os líderes mundiais reunidos em Sevilha, Espanha, comprometem-se a tornar a governação económica global mais inclusiva, representativa, equitativa e eficaz, para permitir a aceleração dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que regista um atraso considerável na sua implementação, noticiou o JA Online.

 O compromisso dos Chefes de Estado e de Governo presentes neste encontro, que terminou quinta-feira, está patente no comunicado final, denominado “Compromisso de Sevilha”.

No documento, os Chefes de Estado e de Governo e altos representantes mostram-se favoráveis à renovação do quadro global de financiamento para o desenvolvimento, com base na Agenda de Acção saída da última conferência com o mesmo fim, realizada em 2015, em Adis Abeba, Etiópia.

“Renovamos o nosso compromisso de erradicar a pobreza e a fome em todos os lugares, sem deixar ninguém para trás”, prometem os líderes mundiais no “Compromisso de Sevilha”.

Dado o facto de a concretização deste desiderato depender, em certa medida, da implementação dos ODS, os líderes comprometem-se a continuar com a reforma da arquitectura financeira internacional, com vista ao reforço da sua resiliência, coerência e eficácia na resposta aos desafios e crises presentes e futuras.

Os líderes mundiais reafirmaram que a busca e o gozo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais para todos, abrangendo os direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais, incluindo o direito ao desenvolvimento, devem ser respeitados, protegidos e promovidos, sem distinção ou discriminação de qualquer tipo.

“Estamos a ficar sem tempo para atingir os nossos objectivos e enfrentar os impactos adversos das mudanças climáticas”, admitem.

Apesar dos esforços significativos da comunidade internacional, para responder aos múltiplos desafios globais interligados recentes, os líderes referem no Compromisso de Sevilha que a lacuna entre as aspirações de desenvolvimento sustentável e o financiamento para as enfrentar continuam a aumentar, sobretudo, nos países em desenvolvimento, chegando a atingir cerca de 4 triliões de dólares anualmente.

Face a este quadro, os Chefe de Estado e de Governo sublinham que não se pode dar ao luxo de recuar na cooperação multilateral, sublinhando que esses desafios globais excedem em muito a capacidade de resposta de qualquer Estado.

Para os enfrentar, disseram ser necessário reafirmar o compromisso contínuo com o multilateralismo, a cooperação internacional e a solidariedade global com base no respeito mútuo e na acção colectiva.