Mundo

Mundo


PUBLICIDADE

Polónia destaca cinco mil militares para fronteiras com Alemanha e Lituânia

Polónia destaca cinco mil militares para fronteiras com Alemanha e Lituânia
Polónia destaca cinco mil militares para fronteiras com Alemanha e Lituânia Imagens: DR

Redacção

Publicado às 21h13 04/07/2025

Varsóvia - A Polónia vai destacar cinco mil militares para os controlos fronteiriços com a Alemanha e a Lituânia, a partir de segunda-feira até pelo menos 05 de Agosto, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Do referido contingente, quatro mil militares serão destacados para a fronteira com a Alemanha e os restantes para as passagens com a Lituânia, como parte do restabelecimento temporário dos controlos fronteiriços para impedir a entrada de migrantes irregulares, segundo o porta-voz da diplomacia de Varsóvia, Jacek Dobrzynski.

Na fronteira com a Alemanha foram seleccionados 52 postos de controlo, 16 dos quais permanentes, somando-se a 12 com a Lituânia, dois permanentes.

Para atravessar a fronteira polaca será obrigatória a apresentação de um documento de identidade de um país da União Europeia ou de um passaporte, sendo que a entrada só será permitida nos locais descritos nos regulamentos.

A travessia por caminhos ou trilhos florestais, ciclovias e rios é expressamente proibida.

Os postos de controlo serão realizados, sobretudo, por agentes da Guarda de Fronteira, que serão apoiados por militares das Forças de Defesa Territorial e da Polícia Militar em postos de controlo permanentes.

Estes postos utilizarão contentores especiais e os chamados "autocarros Schengen", veículos adaptados para o trabalho administrativo móvel.

Nas estradas será implementada uma organização especial, reduzindo as vias para uma única faixa e encaminhando o tráfego para áreas de serviço designadas para verificações selectivas de veículos.

Segundo as autoridades, o objectivo é "minimizar os inconvenientes para os polacos, sobretudo os que trabalham na fronteira ocidental", uma vez que "o Espaço Schengen é uma grande comodidade conquistada nos últimos anos", segundo Dobrzynski.

A decisão de restabelecer os controlos fronteiriços foi anunciada por Varsóvia esta semana.

O primeiro-ministro, Donald Tusk, explicou na quinta-feira que, há cerca de um mês, "o lado alemão, ao contrário dos últimos dez anos, recusa-se a permitir a entrada no seu território de migrantes, em busca por exemplo de asilo", e nestes casos, os são expulsos "a todo o vapor" para a Polónia.

De acordo com dados da Guarda de Fronteira, a Polónia registou 15 mil e 22 tentativas de travessia irregular na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia entre 01 de Janeiro e 29 de Junho de 2025, com 412 detenções este ano até Junho, um número semelhante ao de todo o ano passado.

A pressão também aumentou significativamente na Lituânia e na Letónia, com aumentos de mais de três e duas vezes, respectivamente, no número de tentativas de entrada.

Mais de seis mil militares foram destacados para a fronteira leste com a Bielorrússia durante mais de um ano, além de quatro mil polícias e guardas de fronteira adicionais.

Esta medida foi justificada por Varsóvia com uma vaga migratória proveniente de países orientais orquestrada deliberadamente por Minsk e Moscovo com o objectivo de desestabilizar o leste europeu.

 

PUBLICIDADE