Presidente da China promete mais apoio à Rússia


Beijing - O presidente chinês, Xi Jinping, declarou esta terça-feira ao chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, que os dois países devem “reforçar o apoio mútuo”, informaram as agências estatais após a reunião entre ambos, organizada à margem de um encontro ministerial da Organização de Cooperação de Shanghai.
Xi afirmou que a China e a Rússia devem “pôr em prática o importante consenso” alcançado com o presidente russo, Vladimir Putin, e “reforçar o apoio mútuo em fóruns multilaterais”, segundo a agência oficial de notícias chinesa Xinhua.
Beijing e Moscovo devem “unir os países do Sul Global e promover o desenvolvimento da ordem internacional numa direcção mais justa e mais razoável”, afirmou Xi, segundo a Xinhua.
A agência russa TASS informou que Xi recebeu Lavrov em Beijing depois de uma reunião geral com os ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS).
A OCS reúne 10 países, incluindo a China, Rússia, Irão, Índia e o Paquistão, que ter por objectivo actuar como um contrapeso às organizações ocidentais e reforçar a cooperação em questões políticas, de segurança e comerciais.
Entre os temas discutidos está a preparação de uma visita do presidente russo, Vladimir Putin, à China para participar de um encontro de cúpula da OCX, informou Moscovo.
Lavrov reuniu-se no domingo com o homólogo chinês, Wang Yi, para discutir questões como a situação na Ucrânia e as relações com os Estados Unidos.
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros desembarcou na China após uma visita à Coreia do Norte, onde recebeu garantias de apoio na guerra contra a Ucrânia, iniciada em Fevereiro de 2022.
Beijing, aliado diplomático e económico de Moscovo, afirma ter posição neutra no conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
A China, no entanto, nunca denunciou a ofensiva russa de mais de três anos na ex-república soviética e não pediu a retirada de tropas. Muitos aliados de Kiev consideram que Beijing fornece apoio a Moscovo.
A China pede com frequência o fim dos combates, enquanto acusa os países ocidentais de prolongar a guerra com o fornecimento de armas à Ucrânia.