Mundo

Mundo


PUBLICIDADE

Arábia Saudita condena planos de Israel para ocupar Gaza

Arábia Saudita condena planos de Israel para ocupar Gaza
Arábia Saudita condena planos de Israel para ocupar Gaza Imagens: DR

Redacção

Publicado às 22h13 13/08/2025 - Actualizado às 22h15 13/08/2025

Riade - A Arábia Saudita condenou hoje "veementemente" os planos de Israel de ocupar Gaza, advertindo para as "graves consequências" para a paz mundial se continuar "a incapacidade" da comunidade internacional em travar "as práticas brutais e de genocídio" no enclave, de acordo com a Lusa.

Num comunicado divulgado após uma reunião do Conselho de Ministros, presidida pelo chefe do executivo e príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, o Governo saudita condenou "a persistência da ocupação israelita na prática de crimes de fome, práticas brutais e de genocídio contra o povo irmão palestiniano".

"Há também a incapacidade persistente da comunidade internacional e do Conselho de Segurança da ONU para travar essas violações, que minam os alicerces da ordem e da legitimidade internacionais, ameaçam a paz e a segurança regionais e mundiais, e prenunciam graves consequências que incentivam práticas de genocídio e deslocação forçada", alertou também Riade.

Potência política, económica e religiosa influente no Médio Oriente, a Arábia Saudita tem classificado como "genocídio" a guerra israelita em Gaza, onde já morreram mais de 60 mil pessoas, dezenas delas devido à fome -- na sua maioria crianças -- e centenas enquanto tentavam obter ajuda.

Ainda assim, Riade tem insistido repetidamente que o grupo islamita palestiniano Hamas, ao qual se opõe, liberte todos os reféns israelitas sequestrados após o ataque de 07 de Outubro de 2023 em território israelita.

A Arábia Saudita, que patrocinou recentemente, em conjunto com a França, uma reunião na ONU em apoio à solução de dois Estados, recusa normalizar relações com Israel enquanto este não permitir a criação de um Estado palestiniano independente, com capital em Jerusalém Oriental, ocupada pelo Exército israelita em 1967.

O novo comunicado de Riade surge depois de a Liga Árabe, composta por 22 Estados, incluindo a própria Arábia Saudita, ter apelado no domingo à comunidade internacional para que interrompa e proíba a venda de armas a Israel, instaure processos judiciais contra responsáveis israelitas e proteja o povo palestiniano "contra o genocídio, a deslocação e a limpeza étnica" em Gaza.

 

PUBLICIDADE