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Exportações lusófonas para a China caíram 12,6% até Julho

Exportações lusófonas para a China caíram 12,6% até Julho
Exportações lusófonas para a China caíram 12,6% até Julho Imagens: DR

Redacção

Publicado às 22h50 25/08/2025 - Actualizado às 22h50 25/08/2025

Exportações lusófonas para a China caíram 12,6% até Julho

Macau - As exportações dos países de língua portuguesa para a China caíram 12,6% nos primeiros sete meses de 2025, em comparação com igual período do ano passado, anunciaram esta segunda-feira (25) os Serviços de Alfândega do país asiático. O total vendido ao mercado chinês foi de 72,4 mil milhões de dólares.

Segundo dados reunidos pelo Fórum de Macau, uma plataforma de cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, este é o valor mais baixo registado para os primeiros sete meses de um ano desde 2020, quando a pandemia de covid-19 afectou fortemente as trocas comerciais.

A queda foi impulsionada, sobretudo, pelo Brasil, o maior fornecedor lusófono da China, que viu as suas vendas recuarem 12,4%, para 60,6 mil milhões de dólares.

Angola, segundo maior parceiro lusófono da China, registou também uma quebra significativa de 16,8%, com exportações no valor de 8,7 mil milhões de dólares.

Já Portugal exportou para o mercado chinês 1,7 mil milhões de dólares, o que representa uma descida de 3,7% face a igual período do ano passado.

No total, seis dos nove países lusófonos reduziram as suas vendas à China. A Guiné Equatorial recuou 31,1%, para 464,3 milhões de dólares, enquanto Timor-Leste caiu 58,2%, para apenas 139 mil dólares. Cabo Verde registou a maior queda percentual, 84,3%, vendendo pouco mais de mil dólares.

Em sentido contrário, Moçambique destacou-se como a grande excepção, com as exportações a subirem 15,7%, para 982,5 milhões de dólares. São Tomé e Príncipe também apresentou um forte crescimento, multiplicando por oito as suas vendas, que atingiram 41 mil dólares. Já a Guiné-Bissau não registou qualquer exportação para a China, tal como em 2024.

As exportações chinesas para os países de língua portuguesa tiveram, porém, o melhor arranque de ano de sempre, subindo 1,1%, para 49,9 mil milhões de dólares, o valor mais elevado desde 2013, quando o Fórum de Macau começou a apresentar estes dados.

Apesar de vender mais e comprar menos, a China continua a registar um défice comercial com o bloco lusófono, que atingiu 22,5 mil milhões de dólares até Julho. No total, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa recuaram 7,5%, fixando-se em 122,3 mil milhões de dólares.

 

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