Laços entre China e Rússia são "fonte de estabilidade" para o mundo


Pequim - O Presidente chinês, Xi Jinping, declarou hoje, num encontro com o presidente da câmara de deputados da Rússia, em Pequim, que o desenvolvimento “de alto nível” das relações sino-russas “é uma fonte de estabilidade para a paz mundial”.
As relações entre a China e a Rússia “são as mais estáveis, maduras e estrategicamente significativas entre as grandes potências no mundo turbulento e em mudança de hoje”, afirmou Xi Jinping na reunião com Vyacheslav Volodin, de acordo com uma declaração publicada pela emissora oficial chinesa CCTV.
“A China e a União Soviética fizeram enormes sacrifícios nacionais para resistir ao militarismo japonês e à agressão fascista alemã, contribuindo significativamente para a vitória na guerra”, continuou Xi, a poucos dias de um desfile, a 03 de setembro, para assinalar o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, que vai contar com a presença do Presidente russo, Vladimir Putin.
O dirigente chinês declarou que Pequim e Moscovo devem “continuar a amizade tradicional, aprofundar a confiança estratégica mútua, reforçar os intercâmbios e a cooperação em vários domínios”.
Os dois países devem, referiu ainda, “proteger conjuntamente os interesses de segurança e desenvolvimento de ambos os países, unir os países do Sul Global, defender o verdadeiro multilateralismo e promover o desenvolvimento de uma ordem internacional mais justa e equitativa”.
Xi sublinhou que a cooperação legislativa é “uma componente indispensável da parceria estratégica global” entre Pequim e Moscovo.
Na ocasião, Volodin notou que “sob a orientação estratégica de Xi e Putin, as relações Rússia-China foram aprofundadas e alcançaram resultados notáveis”.
A Duma – câmara baixa do parlamento russo – “está empenhada em reforçar os intercâmbios e a cooperação entre os órgãos legislativos russo e chinês e envidar todos os esforços para promover novas conquistas nas relações bilaterais”, afirmou.
Volodin chegou a Pequim na segunda-feira, com uma agenda que inclui “a resposta à pressão das sanções” contra a Rússia e às “interferências externas”.
A viagem do responsável russo, que visitou recentemente a Coreia do Norte, antecede a deslocação de Putin à China para a cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, na cidade de Tianjin, entre 31 de agosto e 01 de setembro.
A China, que se opôs repetidamente às sanções ocidentais contra a Rússia, tem mantido, desde o início do conflito, uma posição ambígua sobre a invasão da Ucrânia, apelando ao respeito pela integridade territorial de todos os países e à atenção às preocupações de segurança de Moscovo.