Vaticano - O Papa Leão XIV fez um “forte apelo” à comunidade global para encerrar o conflito de quase dois anos entre Israel e o Hamas, pedindo um cessar-fogo permanente, a libertação de reféns mantidos em Gaza e o fornecimento de ajuda humanitária.

“Mais uma vez, faço um forte apelo para que se ponha fim ao conflito na Terra Santa, que causou tanto terror, destruição e morte”, disse o pontífice na sua audiência semanal no Vaticano.

“Imploro que todos os reféns sejam libertados, que um cessar-fogo permanente seja alcançado, que a entrada segura de ajuda humanitária seja facilitada e que o direito internacional humanitário seja totalmente respeitado”, disse, recuperando o discurso que tinha sido mantido pelo seu antecessor, o Papa Francisco.

O Papa não nomeou Israel ou o Hamas, mas disse que a lei internacional exige “a obrigação de proteger civis, proibições contra punições coletivas, uso indiscriminado da força e deslocamento forçado da população”.

Leão XIV ‘especializou-se’ num estilo diferente do seu antecessor, geralmente preferindo falar a partir de comentários cuidadosamente preparados e raramente de improviso.

Tem sido mais cauteloso sobre o conflito Israel-Hamas do que Francisco, que sugeriu que a comunidade global estude se a campanha militar de Israel em Gaza constituiu um genocídio do povo palestino, provocando críticas de autoridades israelitas.

Leão XIV já pediu que Israel permitisse a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza, o que indica que o conflito continua no topo da agenda do Vaticano.