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Lula da Silva garante que vai trabalhar contra amnistia dos condenados

Lula da Silva garante que vai trabalhar contra amnistia dos condenados
Lula da Silva garante que vai trabalhar contra amnistia dos condenados Imagens: DR

Redacção

Publicado às 17h05 13/09/2025

Brasília - O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu que o seu Governo vai trabalhar para impedir processos de amnistia para Jair Bolsonaro e outros condenados por tentativa de golpe de Estado.

"O Governo vai trabalhar contra a amnistia. É importante você saber", disse Lula da Silva, referindo-se a projetos de amnistia que as bancadas parlamentares da direita estão a planear e que querem ver aprovadas pelo Congresso.

As declarações foram feitas na quarta-feira de manhã, antes das condenações confirmadas pelo Supremo Tribunal Federal, proferidas em entrevista exclusiva com o Jornal da Band, divulgada na noite de quinta-feira.

O Chefe de Estado brasileiro afirmou ainda que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou "dar um golpe" no país e que existem "centenas de provas".

"Bolsonaro tentou dar um golpe neste país", afirmou Lula da Silva.

"Tem dezenas, centenas de provas, de material por escrito", acrescentou.

O Supremo Tribunal Federal do Brasil condenou na quinta-feira Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, depois da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal ter formado maioria para condenar o ex-presidente por tentativa violenta de abolição do Estado de Direito Democrático, golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património.

Foi ainda condenado de liderar a organização julgada criminosa.
Os juízes Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que tinham votado pela condenação de Bolsonaro, acompanharam a proposta de Alexandre de Moraes.

Além de Jair Bolsonaro, foram condenados o deputado federal Alexandre Ramagem, o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, o general na reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Augusto Heleno, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o general e ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o general na reserva e ex-ministro da Casa Civil, Walter Braga Neto.

O único voto divergente entre o colectivo de juízes foi de Luiz Fux, que absolveu Bolsonaro de todas as acusações por, na sua opinião, não existirem provas suficientes.

A entrada na prisão não será automática, pois ainda há margem para alguns recursos.

Após a publicação do acórdão, a defesa e a acusação podem interpor embargos de declaração, no prazo de cinco dias, para corrigir eventuais contradições ou omissões. Esses recursos podem prolongar o processo por semanas ou meses.

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