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Parlamento português aprova proibição do uso de burca em espaços públicos

Parlamento português aprova proibição do uso de burca em espaços públicos
Parlamento português aprova proibição do uso de burca em espaços públicos Imagens: DR

Redacção

Publicado às 18h34 17/10/2025

Lisboa - O Parlamento aprovou, na generalidade, a proibição do uso de roupas destinadas a ocultar o rosto em espaços públicos em Portugal, como é o caso das burcas.

A proposta do partido CHEGA teve o apoio do PSD, Iniciativa Liberal e CDS e contou com votos contra do PS, Livre, PCP e Bloco de Esquerda. Os partidos PAN e JPP abstiveram-se.

Apesar de a palavra burca não ser mencionada explicitamente no projecto de lei, o objetivo é proibir a utilização "de roupas destinadas a ocultar ou a obstaculizar a exibição do rosto" (em que se enquadram as burcas) e na argumentação da lei, o Chega aponta o exemplo de países como a Dinamarca, França ou a Bélgica, que já proibiram a utilização do véu islâmico em espaços públicos.

A proibição "não se aplica sempre que tal aparência se encontre devidamente justificada por razões de saúde ou motivos profissionais, artísticos e de entretenimento ou publicidade".

Exceção também para o uso dentro de aviões, instalações diplomáticas e consulares, locais de culto e outros locais sagrados.

O projecto do Chega propõe ainda que seja proibido "forçar alguém a ocultar o rosto por motivos de género ou religião".

As penas para os infratores variam entre coimas de 200 a 2.000 mil euros em caso de negligência e 400 a quatro mil euros em caso de dolo.

O caso motivou contestação no Parlamento. O PSD manifestou-se "disponível para fazer este caminho", mas defendeu que "o texto apresentado pode e deve ser aperfeiçoado em sede de especialidade".

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André Ventura congratulou-se com a aprovação do projecto do Chega. Nas redes sociais, escreveu que este é um "dia histórico".

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