Mundo

Mundo


PUBLICIDADE

Novo neurónio artificial imita funções eléctricas do cérebro humano

Novo neurónio artificial imita funções eléctricas do cérebro humano
Novo neurónio artificial imita funções eléctricas do cérebro humano Imagens: DR

Redacção

Publicado às 19h26 17/10/2025

Boston - Investigadores da Universidade de Massachusetts Amherst, nos EUA, criaram um neurónio artificial com funções eléctricas muito semelhantes às dos neurónios biológicos.

Utilizando nanofios de proteínas sintetizados a partir de bactérias geradoras de electricidade, a equipa acredita agora ter aberto caminho para computadores imensamente eficientes, construídos com base em princípios biológicos, que serão capazes de interagir directamente com células vivas.

Embora os engenheiros electrotécnicos e informáticos tenham, há muito, se interessado pelo uso de neurónios artificiais como circuitos para computadores mais eficientes, o problema sempre foi como manter a sua tensão operacional baixa o suficiente. “As versões anteriores de neurónios artificiais usavam dez vezes mais tensão — e 100 vezes mais energia — do que o que criámos”, declarou Jun Yao, professor e coordenador da equipa. “Os nossos [neurónios artificiais] registam apenas 0,1 volts, aproximadamente o mesmo que os neurónios do nosso corpo.”

Há uma ampla gama de aplicações para esses novos neurónios artificiais, desde o redesenho de computadores com base em princípios bio-inspirados que são muito mais eficientes, até dispositivos electrónicos que serão capazes de se comunicar directamente com o nosso corpo, como próteses biônicas e implantes robóticos mais avançados.

“Actualmente, temos todos os tipos de sistemas de detecção electrónica vestíveis, mas são relativamente desajeitados e ineficientes.

Sempre que detectam um sinal do nosso corpo, precisam de amplificá-lo electricamente para que um computador possa analisá-lo.

Esta etapa intermediária de amplificação aumenta o consumo de energia e a complexidade do circuito, mas os sensores construídos com os nossos neurónios de baixa tensão serão capazes de dispensar qualquer amplificação”, afirmou Yao.

Woojoon Park e os seus colegas do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia cunharam o termo “neuristor” para a nova classe de componentes neuromórficos que os investigadores criaram, diferentes da versão anunciada pelos americanos.

PUBLICIDADE