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Putin rompe acordo nuclear com EUA sobre reprocessamento de plutónio

Putin rompe acordo nuclear com EUA sobre reprocessamento de plutónio
Putin rompe acordo nuclear com EUA sobre reprocessamento de plutónio Imagens: DR

Redacção

Publicado às 19h24 27/10/2025

Moscovo - O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje uma lei que rompe o acordo com os EUA sobre o reprocessamento de plutónio, destinado a limitar a produção de novas armas nucleares e considerado obsoleto há vários anos.

O Acordo de Gestão e Processamento de Plutónio, assinado em 2000 e revisto em 2010, comprometia Moscovo e Washington a transformar 34 toneladas de plutónio proveniente da Guerra Fria em combustível para centrais nucleares, o suficiente para eliminar material capaz de produzir cerca de 17 mil ogivas.

O Kremlin já tinha suspendido unilateralmente a aplicação do tratado em 2016, durante a presidência do democrata Barack Obama, num período de crescente tensão entre os dois países.

A nova lei, aprovada este mês pelo Parlamento russo e hoje promulgada, formaliza a denúncia definitiva do acordo.

As autoridades norte-americanas consideravam o pacto um dos pilares da cooperação nuclear entre Moscovo e Washington após o fim da Guerra Fria.

O seu término é visto como mais um sinal do colapso das estruturas de controlo de armamento entre as duas potências.

Desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, os líderes ocidentais têm acusado Moscovo de usar a retórica nuclear como forma de intimidação.

Poucos dias após o início da ofensiva, Putin colocou as forças nucleares russas em alerta máximo e, em 2024, reduziu o limiar para o uso dessas armas.

No domingo, o Presidente russo anunciou o sucesso do teste final do míssil de cruzeiro nuclear Burevestnik, de longo alcance, facto que vem alimentar os receios de uma nova corrida armamentista.

Entretanto, as conversações de paz entre Moscovo e Kyiv permanecem bloqueadas, apesar das tentativas de mediação do Presidente norte-americano, Donald Trump, que tinha prometido encerrar rapidamente o conflito.

Na terça-feira passada, Trump adiou indefinidamente o encontro planeado com Putin em Budapeste, afirmando que não queria "negociações inconsequentes".

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