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África do Sul propõe redução de custos de financiamentos

Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa
Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa Imagens: DR

Redacção

Publicado às 13h25 24/11/2025 - Actualizado às 13h25 24/11/2025

Luanda - O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, defendeu, sabado, em Joanesburgo, reformas urgentes na arquitectura financeira internacional, maior inclusão nos processos de decisão global e novos modelos de parceria que reduzam custos de financiamento para os países em desenvolvimento.

 Ao proferir o discurso de abertura da Cimeira do G20, o líder sul-africano sublinhou que o evento marca um momento histórico para África e para o multilateralismo, e deve simbolizar a humanidade comum, a cooperação e o compromisso global com soluções conjuntas para desafios partilhados.

Cyril Ramaphosa afirmou que a presidência sul-africana assumiu a missão de elevar as prioridades do Sul Global na agenda económica mundial, ao recordar as palavras do antigo Presidente Nelson Mandela sobre o papel responsável da África do Sul na comunidade internacional.

“A presidência do G20 exige dignidade, cuidado e diligência”, ressaltou Ramaphosa, durante o evento que reúne as 20 maiores economias, detentoras da maior parte do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, representando aproximadamente 85 por cento do PIB global.

O Chefe de Estado sul-africano referiu, igualmente, que, ao longo do último ano, a África do Sul liderou mais de 130 reuniões em vários países africanos e nas Nações Unidas, com vista a procurar garantir que temas como comércio, desenvolvimento sustentável, educação, energia, clima, agricultura e tecnologia fossem integradas na agenda do grupo.

O lema definido para a presidência rotativa do G20, designadamente “Solidariedade, Igualdade e Sustentabilidade”, procura reflectir a necessidade de enfrentar desigualdades económicas globais e promover um modelo de crescimento inclusivo.

O anfitrião da XX Cimeira de líderes das maiores economias do mundo apontou o reforço resiliente a desastres climáticos, a garantia sustentável da dívida dos países de baixo rendimento, a mobilização de financiamento para a transição energética justa, bem como valorizar minerais críticos através da beneficiação local como prioridades-chave.

O estadista destacou o trabalho dos painéis de peritos do G20 sobre África e desigualdade global, afirmando que as recomendações constituem bases sólidas para enfrentar disparidades profundas.

Por outro lado, apelou à preservação da integridade e credibilidade do G20, afirmando que esta Cimeira “carrega as esperanças e aspirações do povo africano e do mundo e deve enviar uma mensagem de esperança, cooperação e solidariedade global”.

Declaração conjunta do G20

Os Chefes de Estado e de Governo do G20 adoptaram, sábado, por unanimidade, uma declaração conjunta durante o primeiro dia da Cimeira, que decorre na cidade de Joanesburgo.

Em declarações aos jornalistas, o porta-voz do evento, Vincent Magwenya, assegurou que o documento foi adoptado por “unanimidade por todos os países presentes”, o que “demonstra o compromisso que os membros do G20 têm com o multilateralismo como princípio para a colaboração e a cooperação”.

O responsável explicou que, embora a declaração seja geralmente aprovada no final da Cimeira, ao longo do dia e durante várias conversações bilaterais “surgiu a ideia de que deveríamos proceder primeiro à adopção da declaração da Cimeira como primeiro ponto do dia e depois continuar com o restante da sessão”.

A África do Sul assumiu a presidência do G20 a 1 de Dezembro de 2024, durante a XIX Cimeira do Grupo, e encerra o seu mandato este ano, passando a liderança aos Estados Unidos da América.

O evento foi marcado, também, pela ausência do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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