Pequim - O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou, terça-feira, à comunidade internacional para que a reconstrução da Faixa de Gaza seja realizada sob o princípio de que “os palestinianos governam a Palestina”, sublinhando a necessidade de um “cessar-fogo abrangente e duradouro” no enclave.

Numa mensagem enviada para uma reunião da ONU, por ocasião do Dia Internacional de Solidariedade com o povo palestiniano, o Presidente reforçou que o cenário presente em Gaza é um teste à justiça internacional.

O Ministério dos Negócios Estrangeiro chinês reforçou as palavras do Presidente, apontando-o como “teste à eficácia do sistema de governação global”.

As declarações de Xi Jinping surgem depois da aprovação da resolução para o conflito entre Israel e Palestina - que dura desde de 2023 - com base no plano apresentado por Donald Trump, que estabelece uma força de segurança internacional em Gaza até 2027. Relembre-se que durante a votação do documento a China absteve-se, pois considerou o texto "vago" e que não indica adequadamente a soberania palestiniana — críticas partilhadas também pela Rússia.

Apesar da declaração de cessar-fogo, a Palestina continua a receber ataques por parte de Israel, que já provocaram a morte de mais 350 palestinianos, segundo os dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Israel justifica os ataques devido a violações do acordo de cessar-fogo.