Moscovo - O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, vai visitar hoje Moscovo e reunir-se com o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, em encontro dedicado ao sector da Energia, antes de o líder russo se deslocar à Índia.

Enquanto ainda decorre a guerra contra a Ucrânia, o representante da União Europeia (UE) irá ao Kremlin pela segunda vez em menos de um ano, para conversar sobre petróleo e gás russos com Putin, como declarou à partida de Budapeste.

A Hungria é um dos únicos países da UE que continua a importar combustíveis fósseis da Federação Russa e tem-se vindo a opor aos esforços em sentido contrário, além das sanções impostas a Moscovo devido à ofensiva militar contra a Ucrânia, iniciada a 24 de Fevereiro de 2022.

Entretanto, Beijing anunciou que o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, vai visitar a Rússia na próxima semana, protagonizando a 20.ª "ronda de diálogo estratégico" entre aquelas potências geoestratégicas.

Segundo comunicado, o responsável chinês viaja a convite do secretário do Conselho de Segurança russo, Serguei Shoigu, ficando em solo da Federação Russa na segunda e na terça-feira.

O porta-voz do governo chinês, Mao Ning, disse hoje em conferência de imprensa que a deslocação do membro do executivo tem como objectivo "trocar opiniões aprofundadamente sobre questões internacionais e regionais de interesse comum e fortalecer a comunicação e a coordenação sobre assuntos importantes que afectam os interesses estratégicos de segurança de ambos os países".

Em Fevereiro de 2022, pouco antes da invasão russa da Ucrânia, os Presidentes russo e chinês, Putin e Xi Jinping, respectivamente, proclamaram em Pequim uma "amizade sem limites" entre aquelas nações.

Depois, a 04 e 05 de Dezembro, Putin vai ter uma visita de Estado à Índia, a convite do primeiro-ministro, Narendra Modi, anunciou também hoje o Kremlin.

Segundo o comunicado, o encontro vai versar sobre "todos os aspectos da variada agenda das relações russo-indianas de parceria estratégica privilegiada", bem como "assuntos da actualidade internacional e regional".