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Ciclone Ditwah já causou mais de 600 mortos no Sri Lanka

Ciclone Ditwah já causou mais de 600 mortos no Sri Lanka
Ciclone Ditwah já causou mais de 600 mortos no Sri Lanka Imagens: DR

Redacção

Publicado às 19h44 05/12/2025

Colombo - As inundações registadas no Sri Lanka devido à passagem do ciclone Ditwah provocaram pelo menos 607 mortos, anunciou hoje o Centro de Gestão de Desastres do país asiático (DMC).

Mais de 2 milhões de habitantes foram afectados por esta catástrofe natural, a mais mortífera no país desde o tsunami de 2004, e 214 pessoas continuam desaparecidas, acrescentou o DMC, citado pelo site Notícias ao Minuto. Um balanço anterior dava conta de pelo menos 486 mortos e de 341 desaparecidos.

A organização nacional responsável pela segurança dos edifícios, a NBRO, cuja missão é monitorizar a estabilidade do relevo, emitiu hoje novos alertas meteorológicos para o centro da ilha, que tem 22 milhões de habitantes.

As águas que inundaram muitos subúrbios da capital Colombo continuaram a baixar, permitindo que parte dos seus habitantes regresse às suas casas.

O número de vítimas acolhidas em alojamentos de emergência diminuiu de 225 mil para 170 mil.

Nas províncias do centro do país, as operações de limpeza continuaram hoje com a ajuda do exército, que destacou milhares de militares para as zonas inundadas.

As autoridades estimaram que o custo da reconstrução do país deve rondar os seis a sete mil milhões de dólares (cerca de cinco a seis milhões de euros respectivamente), um valor muito elevado para um país cuja economia continua a recuperar da crise de 2022, a pior crise da sua história. As cheias que estão a atingir o Sri Lanka, a Indonésia e a Tailândia já provocaram mais de 1.700 mortos.

O número total de mortes subiu para 276 na Tailândia, onde as autoridades estimam que quatro milhões de pessoas tenham sido afectadas pelo mau tempo, enquanto inúmeras ruas permanecem inundadas em sete províncias do sul.

Embora o Governo tailandês não divulgue o número total de desaparecidos, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) indicou na quinta-feira que 367 pessoas foram dadas como desaparecidas no país.
Na Indonésia, o país mais atingido pela convergência de ciclones no Sul e Sudeste Asiático, o número de mortos subiu hoje para 862, com 571 desaparecidos, quase 2.700 feridos e cerca de 3,5 milhões de pessoas afectadas.

A Agência Nacional de Mitigação de Desastres (BNPB) indicou no seu último relatório que 3,3 milhões de pessoas foram afectadas pelo ciclone Senyar, que trouxe chuvas torrenciais, deslizamentos de terra e inundações.

A época de tempestades tropicais e tufões está a revelar-se particularmente severa este ano para estes países, e os especialistas atribuem a intensidade ao aquecimento dos oceanos, enquanto o seu impacto devastador está ligado à desflorestação e à falta de planeamento urbano, entre outros factores.

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