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Partido Democrático de Hong Kong dissolvido

Partido Democrático de Hong Kong dissolvido
Partido Democrático de Hong Kong dissolvido Imagens: DR

Redacção

Publicado às 19h13 14/12/2025

Hong Kong - Partido Democrático de Hong Kong aprovou, este domingo, a sua própria dissolução, perante a pressão das leis de segurança do território, que impedem o exercício da sua actividade.

Numa reunião de duas horas, 97% dos membros votaram pela dissolução do partido, que já foi uma das maiores forças no Conselho Legislativo de Hong Kong.

O membro veterano e ex-deputado Fred Li Wah-ming disse que um funcionário da China continental havia instado o partido a dissolver-se antes das eleições para o Conselho Legislativo de dezembro. Esta dissolução do partido elimina o pouco que restava da principal oposição política da cidade, após uma decisão semelhante da Liga dos Social-Democratas em junho e do encerramento do Partido Cívico em 2023.

A Associação de Hong Kong para a Democracia e o Bem-Estar do Povo, que se concentra em questões sociais e defende a participação dos residentes a votar sob o sistema eleitoral reformulado, é a única força pró-democracia restante.

Actualmente, com as várias detenções de dirigentes e activistas e as limitações nas candidaturas, o partido democrático não tinha qualquer representação no conselho legislativo nem nos conselhos distritais.

A questão tornou-se ainda mais complexa em março de 2021, quando o governo chinês aprovou uma lei destinada a garantir que apenas os que designou como 'patriotas' pudessem governar em Hong Kong.

Essa regulamentação diminuiu significativamente a representação democrática na assembleia, consolidou o controlo sobre os processos eleitorais e estabeleceu um painel de seleção de candidatos, alinhados com os interesses de Pequim.

Desde a entrada em vigor dessa legislação e das reformas eleitorais, o futuro do Partido Democrático tem estado em risco, na sequência das constantes rusgas policiais e detenções de activistas ou familiares nos últimos anos.

Há uns meses, os membros do partido autorizaram a venda da sua sede por onze milhões de dólares de Hong Kong (cerca de um milhão de euros) para preparar a eventual dissolução e prevenir a entrega do imóvel à justiça.

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