PETRóLEO
Venezuela diz que exportação de petróleo segue normalmente
18/12/2025 20h01
Caracas - As autoridades da Venezuela afirmam que as exportações de petróleo seguem “normalmente” após o anúncio do Presidente norte-americano, Donald Trump, de um bloqueio a todos os “petroleiros sancionados” que entram ou saem do país, noticiou a AFP.
O governo do país que detém as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo chamou a declaração de “irracional” e de “ameaça grotesca”. As Forças Armadas venezuelanas também condenaram o anúncio.
Os Estados Unidos não reconhecem as reeleições de Maduro, em 2018 e 2024. A Justiça norte-americana acusa o Presidente venezuelano de “narcoterrorismo” e aumentou para 50 milhões de dólares a recompensa por informações que resultem na sua captura
Trump afirmou que o bloqueio será mantido até que a Venezuela devolva o petróleo que, na sua opinião, roubou dos Estados Unidos. As forças norte-americanas não “deixarão entrar ninguém que não deveria estar a passar”, declarou o mandatário aos jornalistas na quarta-feira.
A companhia estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) informou, no entanto, “que as operações de exportação de petróleo e derivados se desenvolvem com normalidade”.
“Os navios petroleiros vinculados às operações da PDVSA continuam a navegar com total segurança, suporte técnico e garantias operacionais”, assinalou a companhia em comunicado. “Nenhuma agressão conseguiu afectar a capacidade operacional”, acrescenta a nota.
Maduro conversou por telefone com o secretário-geral da ONU, António Guterres. “Expus plenamente como tem sido a escalada de agressões e ameaças. É simplesmente uma pretensão de guerra e colonialista”, disse num discurso transmitido por rádio e televisão.
Um dos porta-vozes do secretário-geral da ONU disse que Guterres “está concentrado em evitar uma escalada maior” entre os dois países e apelou “à moderação e à distensão imediata da situação”.
A Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, também pediu que a ONU assuma o seu papel e “evite qualquer derramamento de sangue” na Venezuela.