Presidente da AN visita obras do Terminal do Caio


Luanda - A presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, mostrou-se satisfeita com os trabalhos em curso no Terminal de Águas Profundas do Caio, durante uma visita efectuada quinta-feira, as obras daquela infra-estrutura, na província de Cabinda.
A conclusão das obras do Terminal de Águas Profundas do Caio está prevista 2025, segundo as autoridades governamentais, e permitirá a atracagem de navios de grande porte, com uma carga não superior a cinco mil contentores, evitando a passagem de mercadorias com recurso à fronteira da República Democrática do Congo, cuja via é "bastante onerosa, não só para o próprio Estado, mas também para a classe empresarial local”.
Segundo o administrador do projecto de construção do Terminal de Águas Profundas do Caio, Jorge Lando, a presidente da Assembleia Nacional tomou contacto com o empreendimento, que tem 50 por cento das obras do projecto já pagas.
Durante a sua estadia em Cabinda, norte do país, Carolina Cerqueira visitou, também, o Hospital Materno-Infantil 1º de Maio, que está em fase de reabilitação.
O hospital comporta sala de partos, sala de ecografia, laboratório, sala de cirurgia, unidade de cuidados intensivos, um recobro e enfermarias.
A deputada do Partido Humanista, Bela Malaquias, que acompanhou a líder parlamentar, disse ter ficado impressionada com o edifício e recomendou aos médicos, que nele forem trabalhar, para prestarem uma assistência médica humanizada.
O Hospital Materno-Infantil 1º de Maio está dotado de boas condições técnicas e tecnológicas. Vai produzir oxigénio, ar comprimido, e tem meios para garantir um melhor atendimento aos pacientes.
Antes da visita às estruturas sanitárias, Carolina Cerqueira recebeu, em audiência, o bispo da Diocese de Cabinda, Dom Belmiro Chissengueti, que apontou como preocupação a proliferação de seitas religiosas e a violação sistemática da Lei da Liberdade de Culto, que deveria disciplinar o exercício da actividade religiosa no país e na região em particular.
Na visão do prelado católico, para ser líder de uma confissão religiosa, deveria ser obrigatória uma formação em Teologia, para travar a extorsão de pessoas menos atentas e que que vão para estes locais à busca da cura divina.
Outra preocupação prende-se com a questão da imigração ilegal, que tem sido recorrente e ignorado, mas que pode colocar em perigo a soberania do país.
Numa outra audiência, Carolina Cerqueira recebeu o representante do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Albino Cassinda, que apontou os constrangimentos ligados aos sectores da Educação, Saúde e Cesta Básica, estando esta última cada vez mais encarecida.
Por último, a presidente da Assembleia Nacional manteve um encontro com o empresário madeireiro André Amorim, que abordou os problemas da dívida pública, responsável pela "descapitalização das empresas locais”.
André Amorim considerou "fraco o investimento que se regista no sector do Turismo, bem como na prestação de serviços”.