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UNESCO considera realização da Bienal um acto de reconciliação com o passado

Director geral adjunto da UNESCO, Xing Qu
Director geral adjunto da UNESCO, Xing Qu Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 16h48 22/11/2023

Luanda - O director-geral adjunto da UNESCO, Xing Qu, apontou hoje, quarta-feira, a realização conjunta do Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz - Bienal de Luanda como um acto de reconciliação de Angola com o seu passado e presente.

No seu discurso na cerimónia de abertura da III edição da Bienal de Luanda que decorre sob o lema "Educação, cultura de paz e cidadania africana como ferramentas para o desenvolvimento sustentável do continente”, sublinhou que o património, a memória do passado, é uma ferramenta indispensável para construir a paz do futuro, realçando o esforço da UNESCO para salvaguardar o património cultural africano durante os conflitos armados e impedir o tráfico ilícito de bens culturais.

Segundo Xing Qu, “E, nos nossos esforços contínuos para construir a paz em África e não só, Angola é um país que conta, dada a sua história e a sua experiência”.

Indicou que a Angola, devastada por trinta anos de guerra civil, pode agora falar-nos dos benefícios de um regresso à paz.

Referiu que ao fazê-lo, pode basear-se numa forte tradição de abertura a outras culturas e religiões, na profundidade do seu património cultural - como Mbanza Kongo, a capital do antigo Reino do Kongo, inscrita na Lista do Património Mundial da UNESCO em 2017.

O responsável da UNESCO felicitou o presidente angolano, João Lourenço, por indicar o caminho para uma cultura de paz, e que ”nesta tarefa nobre e necessária, pode contar com o total apoio da UNESCO”.

"A nossa convicção está consagrada na nossa Constituição, que afirma: uma vez que as guerras começam nas mentes dos homens e das mulheres, é nas mentes dos homens e das mulheres que devem ser construídas as defesas da paz", frisou.

Informou que a UNESCO está empenhada em reconstruir a paz no continente africano e na igualdade do género, fazendo através da educação, realizando programas de prevenção do extremismo violento em toda a África.

Deu como exemplo, o projecto "Jovens Tecelões da Paz", lançado em Novembro de 2021, que já formou mais de 1500 jovens para combater a discriminação e o discurso de ódio nas regiões transfronteiriças do Gabão, dos Camarões e do Tchad.


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