Luanda – O Presidente da República, João Lourenço afirmou, quinta-feira, em Washington, que o futuro da cooperação entre Angola e os Estados Unidos da América reserva realizações que lhe darão uma dimensão à altura do potencial existente a todos os níveis nas duas nações.

Estas palavras constam da mensagem que o Chefe de Estado Angolano escreveu no Livro de Honra na Casa Branca, em Washington, momentos antes do encontro com o seu homologo norte americano, Joe Biden, que ocorreu na Sala Oval, no quadro da comemoração dos 30 anos de relações diplomáticas entre Angola e os EUA.

O Presidente da República considerou ser “uma oportunidade ímpar para abordar com Sua Excelência Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos da América, aspectos fundamentais das relações entre ambos os países, e que esse encontro ajudará “concretizar as aspirações dos nossos respectivos povos a um amplo entendimento em prol do progresso, do bem-estar, da paz e da estabilidade mundial”.

Ainda no Livro de Honra, João Lourenço expressou a sua expectativa na esperança de que “o momento venha a representar um marco assinalável para a dinamização, ampliação e aprofundamento das relações bilaterais entre Angola e os Estados Unidos da América”, segundo um resumo do CIPRA.

Depois da reunião, o Chefe de Estado angolano disse a imprensa que o diálogo foi "muito acima do esperado" e permitiu aprofundar e alargar a cooperação em domínios como o comércio, investimento, clima e energia, com foco particular para o desenvolvimento do Corredor ferroviário do Lobito, que ligará Angola, República Democrática do Congo e Zâmbia.

Ao intervir no início das conversações com o homólogo norte-americano, Joe Biden, o Presidente da República manifestou abertura para parcerias estratégicas em outras áreas, tendo assegurado que Angola está aberta para cooperar com os EUA em vários domínios, particularmente no da agricultura.

Na ocasião, o Presidente Angolano felicitou Joe Biden pelo facto de ser o primeiro Chefe de Estado dos EUA a mudar o paradigma da cooperação entre aquele país e África, desde a Cimeira EUA-ÁFRICA, em 2022, altura em que prometeu investir nas infra-estruturas necessárias para o desenvolvimento do continente africano.

Nesse contexto, o Chefe de Estado mencionou o envolvimento dos EUA no Corredor do Lobito e em outros projectos do ramo das telecomunicações e energia limpa, em Angola, como prova da materialização desse compromisso.

Para João Lourenço, "essas infra-estruturas vão ajudar não apenas Angola, mas grande parte do continente”, e que “o encontro marca o começo de uma nova página nas rações entre os EUA e África."

O estabelecimento das relações diplomáticas entre Angola e os EUA ocorreu em 1993, durante o mandato do então Presidente norte-americano Bill Clinton
-americano Bill Clinton.