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Governo aposta na construção de infra-estruturas para acelerar o desenvolvimento

Participantes no Fórum Indonésia-África
Participantes no Fórum Indonésia-África Imagens: DR

Redacção

Publicado às 13h40 03/09/2024 - Actualizado às 13h40 03/09/2024

Luanda - O Governo está empenhado em concretizar uma agenda de transição económica através da implementação de políticas sólidas que promovam o desenvolvimento sustentado e a redução da pobreza, disse, segunda-feira, em Bali, na Indónesia, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida.

Segundo o JA, intervindo no segundo Fórum Indonésia-África, em representação do Chefe de Estado, João Lourenço, afirmou que o Executivo está comprometido em construir um futuro próspero para os angolanos, onde as infra-estruturas modernas sejam a "espinha dorsal” de um desenvolvimento inclusivo e contínuo.

Reiterou o compromisso de Angola com o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza, enfatizando que a agenda governamental angolana prioriza a diversificação económica, o fomento da produção nacional, o combate à corrupção e a atracção de investimento estrangeiro.

Esta estratégia, prosseguiu, contempla a importância de uma cooperação Sul-Sul reforçada, que vá além das parcerias tradicionais e que promova investimentos em áreas que agreguem valor à economia nacional.

"A nossa visão é que os países emergentes se tornem centros de produção de bens acabados, rompendo com o paradigma de meros exportadores de matérias-primas”, realçou o ministro de Estado.

 Adão de Almeida convidou, na ocasião, empresários indonésios a investirem em Angola, assim como a estabelecerem uma cooperação robusta para a construção de um futuro de prosperidade.

O segundo Fórum Indonésia-África acontece quase sete décadas depois da Conferência de Bandung, também na Indonésia. O evento, considerado de extrema relevância, ocorre num contexto diferente, em que o mundo enfrenta desafios complexos decorrentes de uma lenta recuperação económica após crises sucessivas, como a crise financeira global de 2007-2008 e os efeitos nefastos provocados pela pandemia da Covid-19.

Associado a estes acontecimentos, referiu-se, igualmente, aos conflitos que eclodiram em várias regiões, que disse aumentar os factores que exacerbam a incerteza global, pressionando, de forma significativa, as economias emergentes, hoje assoladas por problemas inflacionários, aumento dos custos de endividamento, volatilidade cambial e retracção do investimento estrangeiro directo.

No entanto, sublinhou que este cenário global desafiante também oferece oportunidades de cooperação, particularmente em áreas estratégicas que podem fortalecer os laços entre as economias dos países, em consonância com os objectivos deste segundo Fórum Indonésia-África.

 O chefe da Casa Civil do Presidente da República manteve, à margem do evento, reuniões com a ministra dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi, e com os responsáveis das empresas Pertamina, do sector petrolífero, e da Kimiafarma, gigante local do ramo farmacêutico.

A sessão de líderes do Fórum contou, de igual modo, com as intervenções dos Presidentes da Indonésia, Joko Widodo, do Ghana, Nana Akufo-Addo, da Libéria, Joseph Boakai, do Rwanda, Paul Kagame, e da República Unida da Tanzânia, Hussein Ali Mwinyi. Destacaram-se, ainda, os discursos do Vice-Presidente do Zimbabwe e dos Primeiros-Ministros de Eswatini e de Timor-Leste.

Os líderes sublinharam, de uma maneira geral, a necessidade do fortalecimento das parcerias multissectoriais, com ênfase no desenvolvimento económico sustentável e na promoção de investimentos em sectores-chave como infra-estrutura e tecnologia. 

A participação de Angola no segundo Fórum Indonésia-África teve como fim o fortalecimento das relações com as nações africanas e com a Indonésia, promovendo uma cooperação inclusiva e sustentável.


 

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