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79ª Assembleia-Geral da ONU termina hoje em Nova Iorque

Sede da ONU, em Nova Iorque
Sede da ONU, em Nova Iorque Imagens: Divulgação

Redacção

Publicado às 11h43 30/09/2024 - Actualizado às 11h43 30/09/2024

Luanda - A 79.ª Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque, um evento marcado de forma geral pela aprovação do Pacto do Futuro, virado para o Desenvolvimento Sustentável da Humanidade, encerra hoje, segunda-feira, os seus trabalhos.

A reunião que começou no passado dia 22, e contou com a participação de Chefes de Estado e de Governo dos 193 Estados–membros, entre os quais o Presidente angolano João Lourenço, centrou a sua abordagem nos desafios críticos e as lacunas na governança global expostas pelos recentes choques internacionais.

A 17.ª sessão plenária de hoje, segundo o programa de encerramento consultado, citado pelo Jornal de Angola, prevê intervenções dos representantes da República Árabe Síria, Eritreia, Nicarágua , Níger, Burkina Faso, Congo, Arglia, Burundi, Canadá, Irlanda, Moçambique, entre outros.

Um dos pontos altos da sessão foi o debate subordinado ao tema "Não deixar ninguém para trás: agindo juntos para o avanço da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para as gerações presentes e futuras”, que constitui o principal momento na sede da organização, o único do qual os Chefes de Estado e de Governo participam regularmente todos os anos.

A 79ª Assembleia-Geral teve também como foco a promoção de soluções multilaterais com base na Carta da ONU e na aceleração dos esforços para implementar a Agenda 2030 e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

As prioridades incluem o apoio à paz e à segurança internacionais, a promoção do desenvolvimento sustentável, o combate às mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a poluição.

O último dia da jornada do Chefe de Estado angolano em Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral da ONU, foi assinalado pela confirmação da visita do Presidente norte-americano Joe Biden a Angola, um marco histórico nas relações entre os dois países.

Em reacção à confirmação, João Lourenço considerou a visita do homólogo muito boa para o país. Sobre os trabalhos à margem da 79.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, disse que os participantes aproveitaram a oportunidade para manifestar a preocupação pelo estado bastante perigoso em que o mundo se encontra.

Sobre o Pacto do Futuro, afirmou que o instrumento oferece uma oportunidade para uma participação mais activa, significativa e actuante dos jovens e das mulheres na tomada de decisões a todos os níveis.

Ao intervir no segundo e último dia da Cimeira do Futuro, o Presidente de República considerou, ainda, o Pacto para o Futuro um verdadeiro ponto de viragem para uma abordagem mais dinâmica, comprometida, engajada e assertiva a questões importantes da Humanidade.

Defendeu que na implementação deste roteiro global "não podemos deixar de fora a juventude e as mulheres”, por serem "motores vitais de transformação e modernização da Humanidade”.

Sobre o Acordo aprovado por unanimidade, cuja novidade recai para os acordos inéditos sobre a governação internacional da Inteligência Artificial (AI) e desarmamento nuclear, o Secretário-Geral da ONU disse que os documentos resgatam o multilateralismo do abismo.

 Em Nova Iorque, João Lourenço orientou, igualmente, a Cimeira Conjunta da TROIKA dos Chefes de Estado e de Governo da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP), cujo tema central foram os desafios financeiros com os quais a instituição se debate.

Na qualidade de Presidente em exercício desta organização, alertou que a não resolução deste problema poderá comprometer a missão da OEACP, que passa por servir, de forma eficaz, os interesses dos povos da organização, para além de defender as aspirações que uniram os 79 Estados-membros.

 Em Nova Iorque, Angola e a Zâmbia assinaram acordos de concessão para o financiamento, construção, propriedade e operação do projecto ferroviário que vai ligar os dois países, por via do Corredor do Lobito, numa extensão de cerca de 800 quilómetros.

Os documentos foram rubricados com a Africa Finance Corporation (AFC) e o Governo da Zâmbia, representado pelo ministro dos Transportes deste país vizinho, Franck Tayali, sob o testemunho do ministro Téte António.

Na ocasião, o ministro dos Transportes, Ricardo d’Abreu considerou o Corredor um projecto secular, "mas faltava-nos a rota para a Zâmbia, para completarmos, então, a ligação do Corredor do Lobito ao Centro da nossa região, particularmente à zona de Copperbelt, onde estão depositados significativos minerais muito importantes para este momento de transição energética mundial”.

Frisou que o acordo rubricado não visa apenas a colocação da infra-estrutura naquela linha, mas, também, desenvolver todo o potencial existente no Corredor do Lobito, seja a nível do agronegócio, seja das indústrias de processamento e transformação dos próprios minerais, gerando, deste modo, empregos e oportunidades de negócio, quer do ponto de vista doméstico, quer do ponto de vista internacional.

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